Redação Publicado em 28/02/2024, às 18h30
A cafeína é considerada a droga mais popular e consumida no mundo e boa parte desta fama está no fato de a substância ser componente de diversos tipos de bebidas, como as energéticas, refrigerantes, chocolates, chá mate ou chá preto, além do próprio café.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um adulto não deve consumir mais do que 400 mg de cafeína diariamente (o equivalente a quatro xícaras de café). Entre crianças e adolescentes, não existe um consenso ou recomendação de caráter mundial que estabeleça quais os limites da ingestão.
Segundo Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o consumo da cafeína por crianças e adolescentes não traz benefícios à saúde e, pelo contrário, pode até mesmo trazer certos riscos, como o de interferir no desenvolvimento neurocognitivo, influenciar no sistema cardiovascular e causar dependência.
A entidade alerta que as crianças e os adolescentes são mais propensos aos efeitos agudos da cafeína e apresentam um maior risco de intoxicação. Por não terem sido expostos cronicamente à substância, os jovens não têm tolerância farmacológica e, por essa razão, as doses de cafeína consideradas seguras para essa parcela da população são bem menores.
Para saber um pouco mais sobre a cafeína, conheça alguns mitos e verdades sobre esse estimulante tão popular:
Verdade. Os efeitos da cafeína permanecem muito tempo depois de uma pessoa terminar uma xícara de café, podendo levar de cinco a seis horas para o corpo eliminar apenas metade da cafeína consumida. É por essa razão que tomar uma xícara de café à tarde é capaz de afetar o sono de uma pessoa. Além disso, em pessoas mais sensíveis à cafeína, os efeitos podem durar ainda mais tempo.
Mito. Os idosos podem ser mais sensíveis à cafeína porque seus corpos levam mais tempo para processá-la.
Verdade. De acordo com o National Institute of Mental Health, quem sofre com transtornos de ansiedade deve evitar a cafeína, porque ela pode acabar agravando os sintomas, que incluem preocupação exagerada e tensão.
Mito. Ao contrário do que muitos pensam, a cafeína não ajuda ninguém que está embriagado a ficar sóbrio. Inclusive, essa é uma combinação arriscada. Por um lado, a cafeína é um estimulante capaz de deixar o organismo em estado de alerta e fazer com que fiquemos menos cansados. Em contrapartida, o álcool inicialmente é um estimulante, mas depois ele produz o efeito contrário da cafeína, deixando os indivíduos sonolentos e cansados. Assim, juntar esses dois pode gerar no cérebro uma falsa sensação de segurança, ou seja, as pessoas acreditam estar mais despertas e menos bêbadas. Mas não é isso o que acontece de fato.
Verdade. Mortes por overdose de cafeína são muito raras, mas podem acontecer, em geral causadas por convulsões ou batimentos cardíacos irregulares. A quantidade de cafeína que poderia levar a uma overdose varia de acordo com o tamanho, idade e sexo. Em geral, isso só é possível com uso de suplementos, já que seria necessária uma quantidade muito grande de café para chegar a uma dose tão perigosa. No entanto, ingerir a bebida em excesso pode causar ansiedade, tremores, diarreia e outros sintomas gastrointestinais.