Redação Publicado em 04/10/2019, às 15h00
Sempre falo sobre a importância de bons hábitos de sono para a saúde física e mental dos jovens. Então aqui vai mais um motivo para não deixar o descanso de lado: quem dorme apenas 6,5 horas por noite tira notas 50% mais baixas que aqueles que têm apenas uma hora a mais de sono.
Também não adianta investir no sono apenas na época de provas. Segundo experimento conduzido por dois professores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), a consistência faz toda a diferença. É preciso dormir bem sempre para sentir os benefícios no desempenho acadêmico.
A pesquisa, publicada na revista Science of Learning, contou com 100 estudantes que utilizaram rastreadores de sono ao longo de seis meses. Nesse período, eles passaram por 11 testes, três provas e um exame final na faculdade.
Uma descoberta surpreendeu os pesquisadores: parece que as pessoas têm um horário limite para ir para cama. Depois disso, mesmo que você durma o bastante, seu desempenho fica prejudicado. Para os participantes do estudo, o prazo médio foi 2 da manhã, mas os autores esclarecem que os limites variaram entre os indivíduos. Quem ia para a cama depois desse horário tinha notas mais baixas ainda que tivesse dormido sete horas seguidas.
A qualidade e a consistência do sono também fizeram a diferença. Os jovens que dormiam bem sempre se saíram melhor nas provas do que os alunos que apresentaram variações de uma noite para a outra, ainda que a média final fosse a mesma.
Com base no experimento, os pesquisadores também criaram uma hipótese para explicar por que as mulheres, de modo geral, têm notas um pouco melhores que os homens – é que elas costumam dormir um pouco mais que eles.
O estudo é pequeno e essas descobertas precisam ser confirmadas em trabalhos futuros. Mas não é o primeiro a mostrar uma forte associação entre sono de qualidade e desempenho, por isso fica a dica: dormir bem deve ser prioridade.