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Quanto tempo uma pessoa pode viver? Século 21 deve ter recordista

Alguns cientistas argumentam que a doença e a deterioração celular levam a um limite natural da vida humana
Alguns cientistas argumentam que a doença e a deterioração celular levam a um limite natural da vida humana

Redação Publicado em 02/07/2021, às 15h30

O número de pessoas que vive mais de 100 anos está aumentando há décadas, chegando a quase meio milhão de pessoas centenárias em todo o mundo. Há, no entanto, muito menos dos chamados “supercentenários”, que têm 110 anos ou mais. 

A pessoa viva mais velha registrada, Jeanne Calment, da França, tinha 122 anos quando morreu em 1997; Atualmente, a pessoa mais velha do mundo é Kane Tanaka, de 118 anos, moradora do Japão.

De acordo com um novo estudo da Universidade de Washington (Estados Unidos), a longevidade extrema continuará a subir lentamente até o final do século 21 e as estimativas mostram que uma vida útil de 125 anos ou mesmo 130 anos é possível.

Opiniões divididas sobre a longevidade

É fato que a longevidade tem ramificações e sofre influências das políticas governamentais e econômicas, bem como das próprias decisões de saúde e estilo de vida de cada pessoa.

Em estudos anteriores sobre envelhecimento, junto com as perspectivas de futuras descobertas médicas, científicas e o número (relativamente pequeno) de pessoas que atingiram 110 anos ou mais, especialistas têm debatido quais os possíveis limites para a chamada “idade máxima relatada na morte”. 

Enquanto alguns cientistas argumentam que a doença e a deterioração celular levam a um limite natural da vida humana, outros acreditam e afirmam que não há uma limitação, como evidenciado por “supercentenários” recordistas. 

Será que os recordes serão quebrados?

Para a pesquisa, a equipe utilizou uma abordagem diferente, perguntando qual poderia ser a mais longa vida humana em qualquer lugar do mundo até o ano 2100. Usando estatísticas, os pesquisadores estimaram que o recorde mundial de 122 anos quase certamente será quebrado com uma forte probabilidade de, pelo menos, uma pessoa vivendo entre 125 e 132 anos. 

Essa expectativa de viver depois dos 110 anos foi calculada por meio da interação de dados do Banco de Dados Internacional sobre longevidade, que rastreia supercentenários de 10 países europeus, além de Canadá, Japão e Estados Unidos. 

Por meio da abordagem bayesiana, ferramenta comum nas estatísticas modernas para estimar a probabilidade, a equipe criou projeções para a idade máxima relatada na morte em todos os 13 países de 2020 a 2100. 

Confira:

Entre as descobertas estão: 

  • Estima-se que exista a probabilidade de 100% do registro atual de idade máxima relatada na morte – 122 anos e 164 dias – ser quebrada;
  • A probabilidade permanece forte quando o assunto é viver mais, com 124 anos (99%) e, até mesmo, 127 anos (68%);
  • Uma vida útil ainda maior é possível, mas muito menos provável, com uma probabilidade de 13% de alguém viver até os 130 anos;
  • É "extremamente improvável" que alguém viva até 135 anos neste século

Os pesquisadores explicam que, como os supercentenários são excepcionais, as chances de quebrar o recorde da idade atual só aumentam se o número de pessoas inseridas nesse grupo também crescer significativamente. Com uma população global em constante expansão, isso não é impossível. 

Mesmo com o crescimento populacional e os avanços na assistência à saúde, há um achatamento da taxa de mortalidade após certa idade. Em outras palavras,  alguém que vive até os 110 anos tem, aproximadamente, a mesma probabilidade de viver mais um ano do que alguém que vive até os 114.

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