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Quem perde 5% do peso corporal ganha 20 minutos a mais de sono, diz estudo

Imagem Quem perde 5% do peso corporal ganha 20 minutos a mais de sono, diz estudo

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h15 - Atualizado às 23h57

Adultos obesos que perdem ao menos 5% do seu peso corporal dormem mais e melhor, segundo estudo apresentado em um congresso internacional de endocrinologia esta semana, em Chicago, nos EUA. Essas pessoas também apresentam melhoras no humor e na disposição.

Segundo o principal autor do estudo, Nasreen Alfaris, da Universidade da Pennsylvania, os resultados confirmam trabalhos anteriores que já associavam a perda de peso a um sono mais reparador.

A pesquisa, financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, contou com 390 participantes (311 mulheres e 79 homens) e durou dois anos. Eles foram submetidos a três tipos de intervenção para emagrecer, com orientações sobre dieta e exercícios.

O primeiro grupo apenas recebia um material impresso com as orientações e passava pelo profissional de saúde a cada quinze dias para avaliação. O segundo passava por uma breve consulta de aconselhamento no início do programa e nas visitas quinzenais. O terceiro seguia o mesmo esquema que o segundo grupo, mas tinha sessões mais longas de aconselhamento, e além disso recebia substitutos de refeições ou remédios.

Depois de seis meses, os dois grupos que receberam aconselhamento foram os que mais haviam perdido peso. O terceiro, que recebeu a melhor assistência, chegou a perder 6,5 kg, em média.

Os participantes, então, foram divididos entre os que perderam mais de 5% do peso inicial ou menos. Em uma pessoa com 80 kg, por exemplo, esse percentual equivale a 4 kg a menos, uma perda fácil de ser conquistada.

Os que tinham emagrecido mais ganharam, em média, 21,6 minutos a mais de sono à noite, em comparação com apenas 1,2 minuto a mais registrado entre os que perderam menos de 5% do peso corporal.

Os que perderam mais peso também relataram menos sintomas depressivos em relação ao outro grupo, benefício que se manteve presente 24 meses depois. Agora, a equipe pretende investigar se a recuperação dos quilos perdidos anula os benefícios sobre o sono.