Dependendo da duração, a rouquidão pode indicar a existência de outras condições de saúde
Redação Publicado em 04/05/2022, às 18h00
Pelo menos uma vez na vida você já deve ter experimentado a rouquidão. Talvez depois de um resfriado ou de gritar demais no show da sua banda preferida você acordou com uma voz que, definitivamente, não “era a sua”.
Essa é uma condição bastante comum e que provoca mudanças no tom e no volume da voz. Ou seja, a pessoa não consegue fazer sons vocais suaves e a garganta parece estar arranhando.
Segundo um artigo do National Institute on Deafness and Other Communication Disorders (NIDCD), o som da nossa voz é produzido pela vibração das cordas vocais, duas faixas de tecido muscular liso posicionadas uma em frente à outra na laringe.
Quando não estamos falando, as cordas vocais estão abertas para que possamos respirar. Mas, no momento em que começamos a falar, elas se encaixam enquanto o ar dos pulmões passa, fazendo-as vibrar.
Essas vibrações produzem ondas sonoras que viajam através da garganta, do nariz e da boca, que atuam como cavidades ressonantes para modular o som. Ou seja, a qualidade da voz (tom e volume, por exemplo) é determinada pelo tamanho e pela forma das cordas vocais e também por essas cavidades. Isso explica por que as pessoas têm vozes tão diferentes.
A rouquidão é um fenômeno frequente e que pode ser causado por uma série de fatores. A laringite, por exemplo, é uma das causas mais comuns. Normalmente, acontece devido ao inchaço temporário das cordas vocais provocado por resfriado ou alergia.
Além disso, pessoas que trabalham com a voz ou precisam gritar em situações barulhentas (jogos, shows) também podem ter uma rouquidão temporária. Geralmente, situações como essa passam sozinhas e sem causar grandes prejuízos.
Confira:
Entretanto, se um indivíduo se mantém rouco por 14 dias ou mais, e isso não está associado a uma gripe ou resfriado, é importante procurar uma avaliação médica, pois a rouquidão também pode ser reflexo de outra condição implícita, como câncer.
Outros sinais de alerta para buscar ajuda que vão além da voz rouca são: tossir sangue, ter dificuldades para engolir, sentir um nódulo no pescoço ou dor ao falar e ao engolir, ter dificuldade para respirar ou perder a voz por completo por alguns dias.
Se a rouquidão for resultado de um resfriado ou do uso excessivo da voz, algumas rotinas de autocuidado podem ajudar a aliviar os sintomas:
Veja também:
Mesmo após a puberdade minha voz continua fina, e agora?
Carla Diaz relembra câncer na tireoide e fala sobre principais sintomas
O que a sua voz diz sobre você?
Sexo oral e câncer de garganta