Muitas pessoas deixam de fazer terapia baseadas na ideia de não terem o que falar ou por vergonha de falarem na frente de um estranho. Vamos combinar que nem sempre conversar com pessoas novas é fácil, especialmente quando precisamos nos abrir.
Por isso, se você não tem certeza sobre o que quer discutir na terapia ou se sente dificuldade em começar uma conversa com seu terapeuta, conheça cinco coisas que, segundo um artigo da Healthline, devem ser consideradas e podem facilitar esse processo:
É fácil sentir que você precisa falar sobre questões "profundas" ou "sérias". Mas lembre-se: não há um tópico "correto" para discutir na terapia, podemos falar sobre qualquer coisa.
É verdade que algumas pessoas procuram um terapeuta para abordarem algo específico, como ansiedade ou depressão. Porém, às vezes, elas estão apenas passando por uma transição de vida e querem alguém para conversar e ajudá-las a lidarem com a mudança.
Podemos falar sobre tudo, sobre nossas esperanças, sonhos, medos, decepções, dores, vergonha, conversas com a mãe, interações com a parceria, falhas percebidas como pai, sexualidade ou até o encontro mais recente.
Pode ser uma boa ideia rastrear seus pensamentos, padrões e comportamentos mantendo um diário entre as sessões de terapia. Isso pode ser especialmente útil se você for tímido ou achar difícil lembrar das coisas na hora. Não é preciso levar ou ler o diário durante a sessão, mas escrever coisas permite que você procure padrões em seus sentimentos e comportamentos que podem ser abordados na terapia.
Confira:
Você pode ter se sentido triste, com raiva ou deprimido durante a semana, mas se você não está se sentindo assim agora, não precisa começar com isso. Concentre-se em como você está se sentindo no presente. Às vezes, entramos na terapia para falar sobre algo, mas acabamos abordando outro ponto completamente diferente.
As sessões de terapia realmente devem ser o mais adaptadas quanto possível para o que você está precisando. Na verdade, elas são quase como a "Sala de Exigência" de Harry Potter – você consegue sair dela com o que você mais precisa naquele dia.
Isso não significa apenas vida amorosa. Conte ao terapeuta sobre todos os seus relacionamentos, seja namoro, família ou amigos. Relações são importantes para a nossa saúde mental e desempenham um papel importante sobre nosso humor e sentimentos. Mesmo que você sinta que tem bons relacionamentos, falar sobre eles pode ajudar a perceber as coisas que estão funcionando em sua vida – e outros recursos que você pode se apoiar fora da sessão.
Pode ser algo que você tem vergonha de pensar ou algo que você acha que é "bobo" para se preocupar. Talvez seja algo que você acha que é "insignificante" ou "estúpido". Todos nós nos censuramos e julgamos nossos sentimentos. Mas a terapia é exatamente o lugar para explorar todos os pensamentos, mesmo aqueles que achamos que não deveríamos ter.
Muitas vezes, evitamos falar sobre coisas que são desconfortáveis, dolorosas ou difíceis. Mas, quando deixamos “escondidas embaixo do tapete”, elas pioram. Considere a terapia como um lugar seguro para falar sobre essas coisas que você evitaria.
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Milena Alvarez
Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez