Esquecer as coisas pode ter muitas causas, sendo uma das principais a ansiedade, mas não só ela
Redação Publicado em 02/12/2021, às 10h00
Saiu da sala e foi para a cozinha, mas quando chegou lá esqueceu o que foi fazer? Isso e outras situações semelhantes têm sido muito recorrentes no seu cotidiano? Pois saiba que a perda de memória pode ter muitos motivos, sendo uma das principais a ansiedade, mas não só ela. A seguir, confira alguns fatores que podem explicar os esquecimentos frequentes:
Primeiro, é mais difícil lembrar das coisas quando você não dormiu direito. Em segundo lugar, o sono regular fortalece os laços entre as células cerebrais que o ajudam a lembrar em longo prazo. Terceiro, é mais difícil formar memórias quando sua mente está divagando por causa da falta de sono. Uma boa “higiene do sono” pode ajudar: durma oito horas por noite, faça exercícios diariamente, siga um horário regular de sono e evite álcool e cafeína no final do dia.
Drogas com ação sedativa, como soníferos e tranquilizantes, podem enfraquecer a memória, como você pode imaginar. Mas também há culpados menos óbvios, como alguns remédios para pressão arterial, anti-histamínicos e antidepressivos. Além disso, você pode reagir de forma diferente à maioria das pessoas ao tomar determinada medicação ou combinação de substâncias. Informe o médico sobre eventuais lapsos de memória ao começar a tomar um novo medicamento. Ele pode ajustar a dose ou prescrever uma alternativa.
Pessoas com a doença têm maior probabilidade de desenvolver problemas de memória, a longo prazo, incluindo demência. A principal hipótese para explicar o risco é que o açúcar elevado no sangue danifica, com o passar do tempo, vasos sanguíneos minúsculos, chamados capilares, no cérebro. Ou é possível que o excesso de insulina danifique as células cerebrais. Os cientistas continuam estudando o assunto. Mas é possível desacelerar esse eventual declínio com um controle adequado da doença com ajuda de remédios, exercícios e uma dieta saudável.
Os genes que você herdou de seus pais também ajudam a determinar quando e se, de fato, sua memória irá desvanecer com a idade e se você pode ter um quadro demencial. Mas não é tão simples avaliar esse risco. A genética parece ter mais importância em alguns tipos de demência do que em outros, e um gene que afeta a memória de uma pessoa pode não ter efeito em outra. Testes genéticos são indicados apenas em casos isolados.
A memória tende a piorar à medida que você envelhece. Os médicos chamam o quadro de demência quando isso começa a interferir na vida diária. O número de pessoas com Alzheimer, a forma mais comum de demência, dobra a cada 5 anos na população acima de 65 anos. Seus genes contribuem para isso, mas também fatores como dieta, exercícios, vida social e doenças como diabetes, alta pressão arterial e doenças cardíacas.
O AVC, ou derrame, interrompe o fluxo de sangue para uma parte do cérebro. Depois disso, o tecido cerebral danificado pode dificultar funções como raciocínio, fala, memória ou atenção. O fenômeno é chamado de demência vascular. Condições que aumentam o risco de derrame, como hipertensão, doenças cardíacas e tabagismo, também podem causar esse tipo de demência. Se você acha que está tendo um derrame – os sinais mais comuns são rosto dormente, fraqueza no braço ou na perna, problemas de fala ou de compreensão, ligue imediatamente para o Samu (192), os Bombeiros (193), ou peça para se levado ao pronto-socorro o mais rápido possível.
O tabagismo literalmente faz encolher partes do seu cérebro que o ajudam a pensar e lembrar das coisas. Também aumenta o risco de demência, possivelmente porque é prejudicial para os vasos sanguíneos. E ainda aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC), que pode causar demência vascular. Se você fuma, converse com seu médico para saber como parar.
As placas de colesterol se acumulam nas artérias com o passar dos anos, processo conhecido como aterosclerose, e retardam o fluxo sanguíneo para o cérebro e outros órgãos. Esse é outro fator que pode interferir na memória e atenção. Também pode levar a um infarto ou derrame, o que aumenta as chances de demência. E mesmo que você ainda não tenha uma doença cardíaca, suas possíveis causas - tabagismo, obesidade, diabetes e pressão alta - tornam a demência mais provável.
Também chamada de hipertensão, aumenta o risco de problemas de memória, incluindo demência, provavelmente porque danifica os minúsculos vasos sanguíneos do cérebro. Também pode levar a outras condições, como derrame, que causam demência vascular. Pessoas que controlam a pressão arterial com dieta, exercícios e medicamentos parecem ser capazes de retardar ou prevenir esse risco.
Frequentemente, é mais difícil se concentrar ou lembrar das coisas se você estiver ansioso ou deprimido. Além disso, é mais provável que você desenvolva demência, embora os cientistas ainda não saibam exatamente por que isso acontece. Fale com o seu médico ou terapeuta se a ansiedade ou a depressão interferirem na suas atividades diárias, na sua satisfação com a vida ou se você tem pensado em fazer mal a si mesmo. Terapia e medicação ajudam bastante.
Um golpe na cabeça (lesão cerebral traumática) pode afetar a memória de curto prazo. Você pode esquecer os compromissos ou sentir-se inseguro sobre o que fez no início do dia. Repouso, remédios e reabilitação médica podem ajudá-lo a se recuperar. Golpes repetidos na cabeça, como no boxe ou no futebol, aumentam o risco de ter demência mais tarde na vida. Vá ao hospital se bater com a cabeça e desmaiar, ou se sentir tonturas, visão embaçada, confusão ou náuseas.
Se o seu índice de massa corporal (IMC) for superior a 30 na meia-idade, você terá um risco maior de demência mais tarde na vida. E quilos extras aumentam a probabilidade de doenças cardiovasculares, o que às vezes também leva ao declínio cognitivo e problemas de memória. Converse com seu médico sobre o peso ideal para você. Você pode melhorar a condição com uma dieta regular e atividade física.
O exercício regular diminui o risco de declínio cognitivo, problemas de memória e demência. Também parece melhorar a função cerebral em pessoas que já têm demência. Você não precisa sair e correr uma maratona ou praticar o salto com vara. Basta andar, jardinar, caminhar, nadar ou até mesmo dançar por 30 minutos na maioria dos dias da semana.
A alimentação desbalanceada pode causar doenças cardiovasculares, que por sua vez podem afetar o cérebro, incluindo problemas de memória e demência. É por isso que uma dieta saudável para o coração no estilo mediterrâneo também é boa para o cérebro. Ela enfatiza grãos inteiros, frutas, vegetais, peixes, nozes, azeite e outras gorduras saudáveis como abacate, e mantém a carne vermelha, mas em um nível mínimo.
Fonte: WebMD
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