Contar com suporte social é tão benéfico para o bem-estar que pode fazer uma pessoa sentir menos dor e se engajar mais na atividade física. A conclusão é
Jairo Bouer Publicado em 19/10/2020, às 17h56 - Atualizado às 18h15
Contar com suporte social é tão benéfico para o bem-estar que pode fazer uma pessoa sentir menos dor e se engajar mais na atividade física. A conclusão é de uma pesquisa publicada recentemente no British Journal of Health Psychology.
Diversos estudos já tinham sugerido que receber apoio de outras pessoas é capaz de reduzir a sensação de dor. Mas este vai além e demonstra o passo seguinte desse ciclo virtuoso: a frequência mais alta de exercícios físicos.
A pesquisa contou com 12.517 australianos, uma amostra representativa daquele país, além de um subgrupo de 927 pessoas que sofriam de dor crônica. Todos os participantes foram avaliados em ondas, ou seja, em ocasiões distintas.
Para ambas as amostras, a dor foi um fator ligado à redução da prática de atividade física. Também para ambas, o apoio social foi associado à redução da dor.
Em seguida, os pesquisadores se concentraram nos dados sobre suporte social coletados na primeira onda do estudo, nos níveis de dor relatados na segunda onda, e nas avaliações de atividade física obtidas da terceira. Assim, puderam mostrar como a influência do apoio gerou uma diminuição da dor após algum tempo, o que levou à prática de mais exercícios mais adiante. Essa evolução foi observada nas duas amostras.
Os resultados do estudo, da Universidade Nacional da Austrália, comprovam o quanto as relações sociais têm influência sobre o comportamento e o autocuidado. Para os autores, os dados também reforçam a importância de se investir em redes de apoio para auxiliar quem sofre de dor crônica a se movimentar mais.
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