Redação Publicado em 07/06/2022, às 14h00
Nos últimos 10 anos o cenário da vacinação de gestantes no Brasil preocupa. Desde 2012 o índice ideal (90%) não é alcançado - e esse número vem caindo significativamente.
De acordo com dados do DATASUS, em 2019, a taxa de vacinação desse público chegou a 73,4% enquanto em 2020 caiu para 64,8% e, em 2021, para 60,7%.
Neste contexto, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) reforça a importância das gestantes se imunizarem com todas as vacinas disponíveis, incluindo a de Covid-19.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) fez um alerta no final de 2021 sobre a necessidade de grávidas e puérperas se vacinarem contra a Covid-19, visto que são parte do grupo de risco e têm chances maiores de desenvolverem quadros mais graves.
Embora diversos estudos comprovem a segurança e a eficácia da vacina, somente 21,3% das três milhões de gestantes previstas pelo Programa Nacional de Imunizações se vacinaram em janeiro deste ano contra Covid-19.
Vale lembrar que a vacina contra a Covid-19 é de extrema importância para as grávidas. A Febrasgo explica que esse público pode obedecer ao calendário de acordo com a idade e, ao engravidar – e tendo tomado a última dose há mais de quatro meses –, a mulher pode (e deve) fazer o reforço sem precisar esperar o nascimento do bebê.
A recomendação é que a imunização seja feita, preferencialmente, com vacinas mRNA (Pfizer ou Moderna) e, quando não disponível, a Coronavac. Os reforços devem obedecer o intervalo mínimo de quatro meses.
Confira:
No dia 9 de junho é celebrado o Dia Nacional de Imunização, que tem como um dos seus objetivos conscientizar a população sobre a importância da vacinação, especialmente das gestantes, como forma de garantir a saúde da mãe e do bebê.
Segundo a Febrasgo, existem três vacinas essenciais durante a gravidez: Influenza, Hepatite B e dTpa-tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche).
A chamada “vacina dTpa” é recomendada a todas as grávidas por protegê-las ao longo da gestação e transferir os anticorpos contra as três doenças ao bebê, permitindo que ele se mantenha protegido em seus primeiros meses de vida até poder ser vacinado.
Alguns dados mostram que, em 2020, a procura por essa vacina caiu de 63,23% para 44,42%. Inclusive, acredita-se que adultos e adolescentes sejam as principais fontes de transmissão da coqueluche (uma das doenças contempladas na imunização) para os recém-nascidos e crianças não vacinadas ou com imunização incompleta.
Além disso, as gestantes também são consideradas um grupo de risco para complicações da infecção pelo vírus da Influenza, podendo resultar em hospitalizações e condições mais graves para mãe e bebê.
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