Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h30 - Atualizado às 23h56
Um estudo norte-americano mostra que a quantidade de interações sociais que uma pessoa tem aos 20 anos e a qualidade das relações aos 30 são determinantes para a saúde e o bem-estar na vida adulta.
Pesquisadores da Universidade de Rochester entrevistaram 222 pessoas e conseguiram acompanhar 133 delas ao longo de 30 anos para chegar às conclusões, publicadas no periódico Psychology and Aging. Os participantes foram entrevistados até os 50 anos, e então avaliados em relação a saúde, humor e solidão.
As análises mostraram que pessoas com poucas interações sociais na juventude apresentaram risco mais alto de morrer precocemente. De acordo com o principal autora, Cheryl Carmichael, ter poucas conexões pode ser tão prejudicial à saúde quanto fumar e é até pior do que ser obeso.
O trabalho mostra que as interações sociais que ocorrem aos 20 anos ajudam as pessoas a se conhecer melhor, além de adquirir ferramentas que são úteis para desenhar a vida adulta. Nessa fase, é comum encontrar gente de diversas origens, com opiniões e valores diferentes, e isso é importante para aprender a gerenciar diferenças.
O interessante é que, aos 30 anos, é mais importante ter relações de qualidade do que um grande número de interações. Outra descoberta curiosa dos pesquisadores é que nem sempre ter uma vida social agitada aos 20 garante relacionamentos de qualidade aos 30 anos.