Whindersson Nunes fala sobre tristeza no Twitter: “saudade de quando eu era feliz o dia inteiro”

Whindersson Nunes chamou atenção dos fãs com o seguinte comentário em seu Twitter, na madrugada desta quarta-feira (23). "Eu tenho saudade de quando eu

Jairo Bouer Publicado em 23/09/2020, às 12h15

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Whindersson Nunes chamou atenção dos fãs com o seguinte comentário em seu Twitter, na madrugada desta quarta-feira (23). “Eu tenho saudade de quando eu era feliz o dia inteiro”. Para quem segue o humorista nas redes sociais, sabe que ele enfrenta uma depressão há algum tempo. Ele inclusive gravou um depoimento contundente no Stories do Instagram, em que dá detalhes sobre o sofrimento emocional, e a dificuldade que as pessoas têm de entender o problema.

Whindersson até publicou as palavras de conforto enviada por uma de suas seguidoras, chamada Vera Lúcia, que também respondeu no Twitter: “Eu também tenho saudade. Um dia seremos felizes todos os dias, temos que acreditar. Amanhã será melhor que hoje. Fica bem, fica em paz!”. O humorista respondeu: “Gente boa demais a Vera Lúcia, Deus abençoe você do tamanho do seu coração”.

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Depressão e violência doméstica

No vídeo publicado no Insta, Whindersson fala sobre o Setembro Amarelo e lembra como é difícil falar de problemas emocionais. “Não queria que isso acontece com nenhum de vocês”, ele enfatiza, emocionado. E como a falta de ânimo pode aparecer até no melhor momento de um relacionamento. Ele menciona o fato de ter apanhado do pai quando era pequeno, e sugere ter recebido críticas, do tipo “Meu pai também me batia, e eu não tenho trauma”.

Traumas, casos de violência na infância são fatores de risco conhecidos para a depressão e outros transtornos mentais. E, como alerta Whindersson, cada pessoa tem a sua história, e cada pessoa lida com problemas de um jeito diferente. E a família também ajuda a moldar esse modo de reagir às adversidades da vida.

Falar é sempre o melhor

É muito importante colocar o sofrimento para fora. Não tenha vergonha de pedir ajuda. Se não der para ser alguém da família, busque um amigo, um professor, alguém de confiança na sua comunidade, um grupo de suporte ou um profissional de saúde. Ou até seus seguidores, como fez Whindersson. Quando uma celebridade fala de transtornos emocionais assim, abertamente, pode fazer uma grande diferença na vida de quem está sofrendo e se sente sozinho, sem saída. É importante lembrar que depressão é uma doença como outra qualquer, que não escolhe gênero, idade ou classe social. Pessoas muito bem-sucedidas, que parecem ter tudo na vida, também podem desenvolver o transtorno, que é multifatorial.

A gente estima que uma em cada cinco pessoas vai enfrentar sintomas depressivos em alguma fase da vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a frequência do transtorno aumentou nos últimos anos, mas é muito diferente da tristeza e das flutuações normais de humor que as pessoas têm diante dos desafios da vida. Especialmente quando dura muito tempo e tem intensidade moderada ou grave, a depressão pode trazer consequências muito graves, como prejudicar os relacionamentos, o trabalho ou os estudos. Em alguns casos, a depressão ainda pode levar ao suicídio. A OMS alerta que 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano – sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.

 



Onde buscar ajuda?

O Centro de Valorização da Vida (CVV) também realiza apoio emocional e de prevenção do suicídio, e atende todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, chat e-mail, 24 horas por dia, todos os dias da semana. A ligação para o CVV, por meio do número 188, é gratuita a partir de qualquer telefone fixo ou celular. Quem acredita estar sofrendo de depressão deve buscar ajuda de um profissional de saúde, como o médico de família, o clínico geral, ou procurar diretamente um psicólogo ou psiquiatra.

Na internet, é possível localizar em sites especializados com informações sobre depressão e prevenção ao suicídio. Além do site da campanha Setembro Amarelo, o Ministério da Saúde também possui cartilhas e orientações sobre os sinais de alerta e como buscar ajuda.

 

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