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Ele ejaculou na minha barriga; tem risco de gravidez?

Para ocorrer uma gravidez o sêmen precisa ser colocado dentro do canal vaginal - iStock
Para ocorrer uma gravidez o sêmen precisa ser colocado dentro do canal vaginal - iStock

Redação Publicado em 30/04/2022, às 10h00

“Doutor, é possível engravidar se um garoto ejacular na barriga e o esperma cair na minha região íntima? Tive relação, mas não teve penetração, ele só ejaculou em cima de mim e tenho medo que possa ter escorrido. Tem como?”

É muito pouco provável uma ejaculação que aconteceu em cima da barriga escorrer até a vagina e entrar dentro do canal vaginal, oferecendo algum risco de gravidez.

O sêmen pode até escorrer para outras partes do corpo e, se não for limpo, pode ficar um pouco aderido à pele, mas esse esperma chegar à região íntima, invadir a vagina e provocar uma gestação é muito improvável.

A recomendação é que, caso o casal esteja caminhando para cada vez mais ter momentos de intimidade, inclusive com penetração, é importante que a menina vá a uma consulta com um ginecologista para que possa se informar sobre as opções de métodos contraceptivos mais indicadas. 

Em quais situações o risco existe?

Para encontrar o óvulo, o espermatozoide precisa estar envolto em um conjunto de líquidos chamado sêmen – ou esperma – e esse fluido deve ser depositado dentro do canal vaginal. 

Sendo assim, só há duas maneiras de engravidar: ejaculação dentro da vagina sem nenhum tipo de proteção – homem estando sem cueca, a mulher sem calcinha e ambos não usarem nenhum método contraceptivo, por exemplo – ou se a mulher ou o homem introduzirem os dedos sujos de sêmen dentro do canal vaginal.  

Existe um pequeno risco, ainda, de algum espermatozoide escapar no líquido pré-ejaculatório caso o homem tenha tido uma relação ou masturbação recente. É por isso que dizemos que coito interrompido não é um método seguro para evitar gravidez.

Confira:

Métodos contraceptivos existentes   

Atualmente, quando pensamos em métodos anticoncepcionais hormonais, existem muitas possibilidades: 

  • As pílulas anticoncepcionais convencionais e, dentro desse grupo, há inúmeros tipos:  com doses mais altas ou baixas de hormônios, combinação de estrógeno e progesterona ou ainda só progesterona;
  • DIU (Dispositivo Intrauterino);
  • Adesivos;
  • Implantes subcutâneos;
  • Injeções (mensais e trimestrais).

A diferença desses métodos é a durabilidade. Os implantes subcutâneos, por exemplo, duram em média de três a quatro anos. Tudo depende de como a mulher se adapta e com qual ela se sente mais confortável.

As adolescentes geralmente se queixam da pílula anticoncepcional porque é necessário lembrar de tomar direitinho, apesar de hoje existirem diversos aplicativos e recursos para ajudar nessa tarefa. 

De qualquer forma, vale discutir com um ginecologista qual a opção que se encaixa melhor como estratégia de prevenção para cada mulher.