Redação Publicado em 06/06/2022, às 09h00
“Doutor, tomo anticoncepcional mensal há 10 meses. Tomei ontem a injeção e hoje, durante a relação sexual, o preservativo entrou para dentro, mas não rasgou. Tenho risco de gravidez? Preciso tomar pílula do dia seguinte?”
Se a mulher toma anticoncepcional injetável mensal de forma regular, não há com o que se preocupar. Mesmo com eventuais acidentes, como a camisinha ficar presa dentro da vagina ou estourar após a ejaculação, isso não traz risco de gravidez.
Além disso, também não é necessário tomar a pílula do dia seguinte. Essa é a grande vantagem de fazer uso de um método contraceptivo regular: caso algum incidente aconteça, a mulher está protegida.
Para evitar uma possível gravidez, a pílula do dia seguinte deve ser tomada o mais rápido possível (apesar do nome, não é preciso esperar o dia seguinte), pois a sua eficácia diminui de maneira progressiva com o passar do tempo.
Assim, o ideal é que a pílula do dia seguinte seja tomada nas primeiras 12 ou 24 horas após a relação sexual, período que garante maior eficácia, na ordem de 95%. Mas também é possível utilizá-la em até 72 horas (ou três dias) após a relação suspeita. Se tomada depois desse prazo, no quarto ou no quinto dia após a relação, a eficácia diminui bastante e a mulher deve ficar atenta para o risco de gravidez.
Confira:
Alguns estudos indicam que as taxas de eficácia das pílulas do dia seguinte podem ser um pouco mais baixas para mulheres com sobrepeso ou obesidade.
Conclusão: mesmo quando tomada de forma correta, a pílula do dia seguinte apresenta uma margem de falha e não garante 100% de proteção. Portanto, é aquela velha história: melhor prevenir do que remediar.
De acordo com o Ministério da Saúde, as principais indicações para o uso da pílula do dia seguinte são:
A pílula do dia seguinte é um método conhecido por grande parte das mulheres para evitar uma gravidez indesejada. Entretanto, vale lembrar que é um método de emergência e seu uso deve ser exceção e nunca a regra. A pílula do dia seguinte tem de seis a 20 vezes a dose hormonal de uma pílula comum. Sendo assim, utilizá-la com frequência pode acarretar maiores problemas, como irregularidade menstrual.