Redação Publicado em 24/09/2022, às 11h00
“Doutor, não consigo me controlar e vejo pornografia até cinco vezes por dia. Todos os dias, sem exceção. Tento parar de me masturbar, mas não consigo. O que eu faço?”
Claramente, ele está enfrentando um excesso de consumo de pornografia que gera incômodo. Nessa situação, é importante estabelecer um limite. Mas será que é preciso parar completamente? Talvez por algum período determinado de tempo até que a pessoa consiga se relacionar melhor com a pornografia.
Qualquer estímulo em excesso pode fazer mal. Assim, se o indivíduo está vendo muito pornô e não consegue ter controle sobre isso, o ideal é limitar. Se ele não conseguir alcançar esse objetivo sozinho, a recomendação é procurar um profissional de saúde mental para pensar em uma estratégia mais eficaz.
Vários estudos têm mostrado que o consumo excessivo de pornografia, principalmente pelos homens, produz uma expectativa em relação ao desempenho na cama que é totalmente descolada da realidade.
As cenas apresentadas nessas produções são de relações sexuais performáticas, que não acabam nunca, e com atores que ejaculam muito, o que faz muitos homens acharem que ejaculam pouco.
Confira:
Diante disso, alguns estudos indicam que assistir a vídeos eróticos em excesso pode levar à disfunção erétil. Possivelmente, o problema está relacionado com os estímulos dos vídeos, que provocam uma dimensão exagerada da performance sexual, levam a comparações indevidas e geram ansiedade.
Outro ponto de atenção é que uma parte das pessoas desenvolve quase que uma dependência dessas produções – ou seja, só conseguem ficar excitadas ao assistirem à pornografia – o que também pode dificultar na hora H.
Então, a recomendação é estar atento e não exagerar nem no tempo e nem na quantidade de estímulos buscado nesse tipo de conteúdo. O melhor termômetro sempre é você mesmo e se achar que está exagerando, tente controlar um pouco.
Uma pessoa não precisa usar apenas a pornografia para se sentir excitada. Algumas alternativas incluem: