Doutor Jairo
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Estar apaixonado traz benefícios ao cérebro? Entenda as vantagens!

Exercício, bons laços sociais e paixão por algo mantêm o cérebro afiado e saudável por mais tempo - iStock
Exercício, bons laços sociais e paixão por algo mantêm o cérebro afiado e saudável por mais tempo - iStock

“Doutor, é verdade que a paixão protege o nosso cérebro e a nossa saúde mental?”

Sim! Realmente, uma pesquisa recente mostra que relacionamentos e paixão fazem muito bem à saúde do cérebro, oferecendo até uma proteção contra o declínio cognitivo, ou seja, perdas na capacidade de raciocínio, memória e aprendizado.  

Os estudos mostram que estar apaixonado(a) por algo ou alguém faz as pessoas praticarem mais atividade física, terem mais relacionamentos sociais e melhorarem o bem-estar ao longo do processo de envelhecimento. Assim, acontece um efeito protetor no sistema nervoso central.

Um exemplo disso é alguém que tenha algum hobby, como uma pessoa que é apaixonada por aprender novos idiomas. Os pesquisadores escreveram que a paixão poderia motivar um indivíduo a praticar mais a segunda língua e, assim, fortalecer sua massa cinzenta, células neurais e conexões (as sinapses).

Além disso, a atividade física também traz benefícios protetores para o cérebro. Existe uma espécie de um ciclo, quando a pessoa pratica menos exercício, promove menor engajamento social, menor bem-estar e, consequentemente, acaba prejudicando o cérebro. Em outras palavras, se o indivíduo é ativo e se engaja mais nas relações sociais, o resultado é mais bem-estar e um maior efeito protetor sobre o sistema nervoso central

Confira:

Outras dicas para cuidar do cérebro 

Cada vez mais, a expectativa de vida das pessoas aumenta. Portanto, não é importante só “chegar lá na frente”, o ideal é que cheguemos bem, e isso inclui cuidar do nosso cérebro

Para alcançar esse objetivo, alguns cuidados podem ser essenciais. Veja algumas dicas:

  1. Tenha uma boa qualidade de sono: o sono é fundamental para preservar a saúde do cérebro;
  2. Estabeleça conexões: ter contato com outras pessoas – sejam amigos ou família – é muito importante para adiar o declínio cognitivo;
  3. Alimente-se bem: seguir uma alimentação rica em frutas, vegetais, grãos e sementes pode ajudar, já que são alimentos ricos em antioxidantes;
  4. Evite usar fone de ouvido em volume muito alto: a perda auditiva pode piorar o funcionamento do nosso sistema nervoso central;
  5. Seja uma pessoa ativa: pratique atividades físicas regularmente, nem que seja uma simples caminhada;
  6. Não fume: evite o tabagismo, o cigarro faz muito mal para a saúde dos vasos sanguíneos, incluindo os do cérebro;
  7. Mantenha o peso sob controle: dedique-se a uma reeducação alimentar e faça boas escolhas em suas refeições;
  8. Procure não ficar tanto tempo dentro de casa:saia na rua, faça conexões e observe o movimento e o horizonte; são atitudes que podem contribuir para a manutenção da saúde do cérebro.
Milena Alvarez

Milena Alvarez

Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez