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O que vem primeiro: o mal-estar ou o grude no smartphone?

Imagem O que vem primeiro: o mal-estar ou o grude no smartphone?

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h58 - Atualizado em 22/10/2019, às 13h36

Cada vez mais estudos têm apontado a relação entre o uso excessivo das tecnologias móveis e transtornos emocionais. Mas é difícil saber se as pessoas se refugiam na internet porque estão deprimidas, ou se é o contrário – passar muito tempo em frente às telas é o que deflagra o sofrimento psicológico.

De acordo com pesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, o que vem primeiro é a dependência tecnológica. Eles avaliaram 346 jovens de 18 a 20 anos para chegar à conclusão, publicada no Journal of Adolescence Health.

Os participantes foram submetidos a testes para identificar sintomas depressivos, tendência à solidão e dependência tecnológica no início do trabalho duas vezes, com um intervalo de três a quatro meses entre as abordagens. Dessa forma, foi possível perceber a relação entre o uso excessivo de smartphone na primeira parte do estudo e sintomas mais acentuados na segunda.

O estudo se concentrou em adolescentes mais velhos, uma população que costuma ser mais vulnerável a transtornos mentais como a depressão. Além disso, boa parte desses jovens já usa smartphone há algum tempo.

É importante ressaltar que a conclusão dos autores não é definitiva. Outros estudos indicam que algumas pessoas buscam a tecnologia como válvula de escape para fases de estresse. De qualquer forma, qualquer exagero que cause ansiedade ou prejudique o dia a dia deve ser olhado com atenção.

Como saber se você sofre de dependência tecnológica? Os critérios envolvem a necessidade de passar cada vez mais tempo conectado, tentativas de diminuição mal-sucedidas, irritabilidade quando longe do aparelho e comprometimento de atividades diárias ou relacionamentos por causa do uso.