Na última terça-feira (2) foi celebrado o Dia Mundial de Alerta para os Transtornos Alimentares, data criada para lembrar que distúrbios como anorexia,
Jairo Bouer Publicado em 05/06/2020, às 14h22
Na última terça-feira (2) foi celebrado o Dia Mundial de Alerta para os Transtornos Alimentares, data criada para lembrar que distúrbios como anorexia, bulimia, comer compulsivo e outros que afetam a autoimagem podem ter consequências graves para a saúde física e mental. Quem sofre com um desses transtornos precisa ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, que pode envolver psiquiatra, psicólogo, endocrinologista e nutricionista, entre outros. Para quem sofre de diabetes, essa rede é ainda maior, assim como os riscos da alimentação desregrada.
O isolamento social por causa da covid-19 trouxe para muita gente à tona a preocupação com o peso e a dieta. É muito mais difícil manter a linha quando a rotina é alterada, a ansiedade está a mil e, muitas vezes, falta aquela companhia que faz a pessoa se controlar mais. Mesmo quem não tem um transtorno alimentar diagnosticado pode estar sofrendo mais com o espelho, a busca por alimentos calóricos (que dão uma sensação momentânea de prazer), e a pressão das redes sociais para ter hábitos saudáveis e um corpo perfeito.
Por isso, reunimos, aqui, algumas dicas do National Eating Disorders Association (https://www.eatingdisorderhope.com/), nos EUA, e da Associação Brasileira de Transtornos Alimentares (http://astralbr.org/) para estimular uma relação mais saudável com o próprio corpo nesta fase.
1) Tenha um diário alimentar: isso aumenta a consciência sobre o que é ingerido, e sobre os momentos em que você fica mais vulnerável a excessos.
2) Crie estratégias: com ou sem o diário alimentar, pense em maneiras de evitar armadilhas como ter guloseimas expostas na cozinha, ou beliscar enquanto estuda ou trabalha.
3) Deixe o smartphone longe ao fazer as refeições, para evitar que você exagere sem perceber. Fazer as refeições em família é um hábito saudável, e se isso só for possível com ajuda de tecnologia, essa exceção pode ser feita.
4) Faça uma lista das coisas que você gosta em si mesmo(a): alguma parte do corpo, algum atributo psicológico, ou algo de bom que você fez por alguém. Tente se lembrar delas ao se olhar todos os dias no espelho.
5) Lembre-se que a beleza não é ditada somente pela aparência. Quem se sente bem no próprio corpo ou tem consciência de seus pontos altos tem mais segurança, e isso também é atraente.
6) Use roupas confortáveis e que valorizem o que você tem de melhor (ainda que você não tenha saído com os amigos ultimamente).
7) Saiba que não é preciso ir à academia para manter a saúde. Dá para se movimentar bastante dentro de casa ou ao ar livre, desde que você mantenha a distância recomendada.
8) Se a ansiedade tem feito você exagerar na malhação, na comida, ou então na restrição alimentar, procure alguma atividade que te ajude a relaxar, como meditar, ouvir música, assistir a uma comédia etc.
9) Quando bater a angústia, conte com sua rede de apoio: converse com familiares, amigos ou com alguém que esteja passando pela mesma situação que você. Não tenha vergonha de pedir ajuda.
10) Se você não consegue se desligar da preocupação com o corpo e tem arriscado a própria saúde com exageros nos exercícios, jejuns, vômitos, abuso de laxantes ou de medicamentos para ficar mais magro ou mais forte, consute um médico!