A resiliência não é um traço de personalidade e pode ser construída por meio de ações e pensamentos
Redação Publicado em 18/05/2022, às 16h00
A vida pode mudar de uma hora para a outra. Viver não é um caminho em linha reta e sem obstáculos. A grande parte das pessoas experimentará reviravoltas e cada uma será afetada por essas mudanças de uma maneira diferente. É nesse momento que entra em cena a resiliência.
A resiliência é definida como a capacidade de se adaptar bem diante de adversidades, traumas, tragédias, ameaças ou fontes significativas de estresse, como problemas familiares, de relacionamento, de saúde, financeiros ou no local de trabalho.
Por mais que essa habilidade envolva “se recuperar” de mudanças e experiências difíceis, ela também pode estar relacionada a um crescimento pessoal profundo. Mesmo que uma situação possa ser complicada e dolorosa, ela não precisa determinar o resultado da vida de uma pessoa.
Existem muitos aspectos que podem ser controlados, modificados e desenvolvidos e é esse o papel da resiliência. Tornar-se mais resiliente não é apenas superar as circunstâncias difíceis e desafiadoras que surgem no meio do caminho, mas também crescer e, até mesmo, buscar melhorar com elas.
A resiliência não é, necessariamente, um traço de personalidade que apenas alguns indivíduos possuem. Pelo contrário, ela envolve comportamentos, pensamentos e ações que qualquer um pode aprender e desenvolver. Segundo a American Psychological Association (APA), algumas estratégias podem ajudar a aumentar a capacidade de resiliência. Veja quais são:
O autocuidado é uma prática muito importante para a saúde mental e para a resiliência, já que o estresse é físico e emocional. Assim, ter uma alimentação adequada, um sono de qualidade e praticar atividades físicas regulares pode fortalecer o seu corpo para se adaptar ao estresse e reduzir emoções, como ansiedade ou depressão.
Fazer meditação, yoga e outras práticas espirituais – como uma oração – também pode ajudar a construir conexões e restaurar a esperança. Quando você medita ou ora, por exemplo, pode refletir sobre os aspectos positivos de sua vida e relembrar as coisas pelas quais você tem gratidão, mesmo durante os momentos mais difíceis.
Praticar voluntariado em um abrigo ou simplesmente apoiar um amigo no momento em que ele mais precisa faz com que você possa obter um senso de propósito, melhore a autoestima e se conecte com outras pessoas, aumentando a capacidade de resiliência.
Confira:
É muito importante reconhecer e aceitar as suas emoções em tempos difíceis, mas também é essencial promover a autodescoberta: “O que posso fazer sobre esse problema na minha vida?”. Se os problemas parecerem grandes demais, quebre-os em pedaços controláveis.
Por exemplo, se você recebeu uma demissão, talvez não consiga provar que foi um erro, mas você pode passar uma hora por dia desenvolvendo seus pontos fortes ou trabalhando em seu currículo. Tomar iniciativa mostrará que você pode reunir motivação e propósito mesmo durante períodos estressantes da vida.
Aceite que a mudança faz parte da vida. Certos objetivos ou ideais podem não ser mais alcançáveis após certas situações adversas da vida. Aceitar circunstâncias que não podem ser alteradas pode ajudar a focar naquelas que são modificáveis.
É difícil ter positividade quando a vida não está indo do jeito que gostaríamos. Uma perspectiva otimista permite que você espere que coisas boas aconteçam com você. Tente visualizar o que você quer em vez de se preocupar com o que você tem medo.
Olhar para trás, analisando quem ou o que foi importante em tempos anteriores de angústia, pode ajudar a descobrir como responder efetivamente a novas situações difíceis. Lembre-se de onde você foi capaz de encontrar força e se pergunte-se o que aprendeu com essas experiências.
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