A felicidade é um estado que pode ser aprendido, mas isso é algo que exige muita prática, segundo pesquisadores. Principalmente para fazer essa sensação durar.
Um novo estudo realizado na Universidade de Bristol, no Reino Unido, avaliou os resultados de um programa conhecido como "Ciência da Felicidade", que tem sido realizado desde 2018 na instituição para ajudar os estudantes a alcançarem um senso de bem-estar.
O estudo constata que a felicidade pessoal pode ser alcançada por meio de hábitos fundamentados em evidências. O efeito também pode ser duradouro se a pessoa continuar a praticar o que aprendeu.
O estudo envolveu 228 estudantes universitários que haviam cursado um dos cursos de psicologia positiva da universidade um ou dois anos antes. Os estudantes relataram uma melhoria de 10% a 15% em seu bem-estar imediatamente após o curso.
No entanto, os pesquisadores descobriram que 51% do grupo - 115 estudantes - mantiveram sua atitude positiva continuando a praticar nos anos seguintes as ferramentas que lhes foram ensinadas em sala de aula. Os resultados foram publicados no periódico Higher Education.
O autor sênior do estudo, Bruce Hood, que também é autor de um livro sobre a ciência da felicidade, listou o que chamou de truques ensinados no curso que ajudam a perpetuar a noção de ser feliz:
Alguns estudantes continuaram a praticar essas recomendações para ter felicidade todos os dias, enquanto outros praticavam apenas periodicamente.
Os truques têm principalmente a ver com mudar a perspectiva, segundo Hood. A ideia é deixar de se focar em si mesmo, ruminando sobre os próprios problemas, para se sentir parte de uma rede em que os outros também têm importância.
Ele acredita que fazer essa mudança coloca os problemas das pessoas em perspectiva, fazendo-os parecer menos relevantes. Em segundo lugar, faz com que as pessoas se sintam apoiadas.
Tatiana Pronin
Jornalista e editora do site Doutor Jairo, cobre ciência e saúde há mais de 20 anos, com forte interesse em saúde mental e ciências do comportamento. Vive em NY e é membro da Association of Health Care Journalists. Twitter: @tatianapronin