Notícias recentes colocaram o tema em destaque,
Redação Publicado em 26/07/2022, às 11h00
Você já deve ter ouvido falar sobre acumuladores, ou seja, pessoas que não conseguem se desfazer dos mais variados objetos, mesmo que eles não tenham nenhuma função, valor, importância ou utilidade, por um longo período de tempo. Há evidências de que a pandemia de Covid acentuou sintomas em muita gente, ainda mais no início, quando todo mundo tentou estocar mantimentos para o isolamento social.
O tema ganhou destaque com a história da idosa Margarida Bonetti, que foi contada no podcast A Mulher da Casa Abandonada. Ao entrar no casarão onde ela residia, em São Paulo, a polícia diz ter encontrado grande quantidade de lixo acumulado. Mas não é possível confirmar se ela realmente sofre dessa condição.
Outro caso recente que ganhou notoriedade foi o de um homem de 52 anos que levou horas para ser encontrado morto dentro de sua própria casa, no interior de São Paulo, por causa do acúmulo de entulho ao longo de 30 anos.
É importante diferenciar a acumulação compulsiva do colecionismo, que consiste em guardar coisas de uma categoria específica, de maneira organizada.
Existe ainda a chamada acumulação compulsiva de animais, quando o indivíduo mantém mais animais de estimação do que sua casa permite, por exemplo. Isso faz com que os bichos fiquem em condições insalubres e adoeçam, sendo que o tutor nem sempre percebe a situação.
Um estudo recente conduzido pela PUCRS (Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) constatou que 90% dos indivíduos com o distúrbio eram do sexo feminino e acumulavam, em média, mais de 30 animais. O grupo envolvido avaliou que esse distúrbio é diferente da acumulação de objetos, já que existe um vínculo afetivo com os animais.
O comportamento de acumulação compulsiva, também referida como acumulação patológica, costuma afetar homens e mulheres e, com maior frequência:
- Pessoas com mais idade.
- Pessoas que sofrem com outros transtornos psiquiátricos, como ansiedade e depressão.
Traços de personalidade (como perfeccionismo e procrastinação), predisposição genética, história de vida que envolve perda ou privação, estão entre os fatores que, combinados, podem aumentar a chance de alguém se tornar um acumulador.
Se você reconhece os sintomas em si mesmo ou em alguém próximo, é importante buscar algum tipo de auxílio, como apoio familiar, grupos de autoajuda e profissionais de saúde mental.
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