Redação Publicado em 09/06/2021, às 15h00
A saúde mental das mulheres apresenta uma associação maior com fatores alimentares do que a dos homens, é o que indica uma nova pesquisa da Universidade Binghamton (Estados Unidos).
Estudos anteriores já haviam analisado a relação entre dieta e humor, sugerindo que uma alimentação de alta qualidade melhora a saúde mental. Nessa análise – publicada recentemente no Journal of Personalized Medicine – os autores queriam testar se seguir uma dieta personalizada melhora o humor entre homens e mulheres com 30 anos ou mais.
Os pesquisadores dividiram os grupos de alimentos que estão associados ao sofrimento mental em homens e mulheres acima dos 30 anos, assim como estudaram os diferentes padrões alimentares em relação à frequência de exercícios e bem-estar.
Os achados sugerem que a saúde mental da mulher tem uma ligação maior com os fatores alimentares quando comparada aos homens. Além disso, o sofrimento mental e a regularidade da prática de atividades físicas foram relacionados a diferentes padrões alimentares e de estilo de vida, o que dá suporte à ideia de personalização da dieta para melhorar o bem-estar mental.
Segundo a equipe envolvida, as descobertas mostraram uma associação geral entre alimentação saudável, exercícios e bem-estar mental. Porém, o que mais chamou a atenção foi que, para padrões alimentares não saudáveis, o nível de sofrimento mental era maior nas mulheres, confirmando que pessoas do sexo feminino são mais suscetíveis à alimentação não saudável que os homens.
Confira:
Com base nos resultados desse e de estudos anteriores, os pesquisadores acreditam que a alimentação balanceada e o exercício podem ser a primeira linha de defesa contra o sofrimento mental em mulheres acima dos 30 anos.
De acordo com eles, consumir fast foods, pular o café da manhã, ingerir cafeína e alimentos ricos em açúcar em excesso são fatores fortemente associados ao sofrimento mental desse grupo. Em contrapartida, frutas e vegetais verde-escuros podem ajudar no bem-estar das mulheres.
Ainda para os autores, a pesquisa fornece a estrutura necessária para que profissionais de saúde possam personalizar planos alimentares com objetivo de promover o exercício e a melhora do bem-estar mental em adultos, assim como fornecer à sociedade uma nova perspectiva sobre o papel da alimentação saudável sobre o sofrimento mental.
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