Em situações de rejeição ou isolamento, os alimentos de conforto podem funcionar até como remédio
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h26 - Atualizado às 23h56
Os resultados, levantados por uma equipe da Universidade de Buffalo, mostram como fatores sociais interferem em nossas preferências e comportamentos alimentares.
De acordo com Shira Gabriel, professora associada de psicologia da universidade e autora do estudo, os “alimentos de conforto” quase sempre são aqueles que foram preparados por nossos cuidadores, quando éramos crianças. A associação positiva leva a buscar esse tipo de comida quando enfrentamos rejeição ou isolamento.
Vários trabalhos já tinham mostrado que determinados alimentos são capazes de reduzir sensações negativas. Mas a pesquisa atual, publicada na revista Appetite, sugere a que a associação com outras pessoas é o que faz a comida ser mais ou menos especial, e não seus ingredientes ou calorias.
A pesquisadora percebeu, com o estudo, que para muita gente os alimentos de conforto são itens saudáveis, e não necessariamente cheios de gordura e açúcar. Para ela, ingerir essas iguarias em momentos de crise pode funcionar até como remédio, o que é positivo. Mas, em alguns casos, pode destruir dietas.