Moradores do Texas mostraram estar mais ativos e cuidando da alimentação
Redação Publicado em 26/02/2021, às 19h00
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Texas, nos EUA, mostrou que o isolamento social devido à pandemia de Covid-19 trouxe efeitos positivos para a saúde e bem-estar dos habitantes da região.
Mesmo com o fechamento de academias e todas as restrições envolvendo as atividades consideradas não-essencias, moradores apresentaram uma melhora na prática de exercícios físicos e no cuidado com a alimentação.
Participaram mais de 1.300 pessoas que vivem nas cidades de El Paso e Las Cruces, no estado americano do Novo México.
Durante o mês de setembro de 2020, os moradores receberam um questionário com perguntas sobre as mudanças pessoais na atividade física, hábitos alimentares, além das mudanças de pensamento e atitudes em relação às práticas de higiene comuns.
De acordo com os resultados, 37% dos participantes relataram melhora na prática de exercícios, movimentando-se mais ou experimentando novas formas de atividades. E 15% também disseram ter aumentado a frequência de momentos de lazer ao ar livre. Além disso, 45% afirmaram estar mais atentos aos hábitos alimentares.
Com todo o contexto, acreditava-se que as pessoas iriam se exercitar menos durante a pandemia devido ao fechamento das academias. Entretanto, foram encontrados alguns benefícios ocultos para a saúde ao longo desse período.
Segundo os pesquisadores, os dados fugiram do esperado e foi observado pessoas comendo melhor e se exercitando mais. Eles acreditam que os dados possam fornecer uma maior compreensão de como os indivíduos reagem durante uma crise de saúde pública e como toda a sociedade pode se preparar melhor para futuras emergências.
Além disso, a equipe também atribuiu os resultados positivos de saúde à maior consciência da população sobre os fatores de risco associados ao Covid-19, uma doença respiratória e altamente contagiosa.
Em uma pesquisa realizada antes do isolamento social, 39% dos entrevistados relataram alto nível de preocupação em contrair a doença, 50% se preocupavam um pouco e 11% não estavam preocupados.
Porém, o mesmo questionário foi aplicado após a quarentena entrar em vigor e mostrou que o número de pessoas com alto nível de preocupação em ser infectado pelo vírus aumentou para 57%. A proporção de indivíduos menos preocupados caiu para 39% e apenas 4% disseram estar totalmente tranquilos.
Veja também:
Crise no Acre: dengue, Covid-19, enchentes e imigrantes desafiam região
Covid: transmissão de coronavírus por embalagens é improvável, diz FDA
Quais exercícios físicos devo fazer para perder peso?
Sedentarismo aumentou com Covid-19 e isso pode gerar mais mortes