Crianças fisicamente ativas têm menos depressão, mostra estudo

Mas as atividades devem ser moderadas ou vigorosas – têm que deixar as crianças suadas e com a respiração acelerada

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h45 - Atualizado às 23h54

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Fazer exercícios é uma forma de se proteger da depressão. Vários estudos com jovens e adultos já confirmaram essa hipótese. Agora, ela também pode ser aplicada às crianças.

Pesquisadores da Universidade da Noruega examinaram 800 crianças de 6 anos de idade, e reavaliaram cerca de 700 delas aos 8 e aos 10 anos. O nível de atividade física delas foi mensurado com um dispositivo eletrônico, e os pais delas também foram entrevistados para que a equipe tivesse dados sobre a saúde mental dos meninos e meninas.

As crianças mais ativas fisicamente foram as que apresentaram menos sintomas depressivos, comprovando que, além dos benefícios à saúde física, quem se exercita também protege sua saúde mental.

Mas os pesquisadores avisam que as atividades devem ser moderadas ou vigorosas – têm que deixar as crianças suadas e com a respiração acelerada.

No artigo com os resultados, publicado na revista Pediatrics, os autores observam que, diferente do que é observado em indivíduos de outras faixas etárias, as crianças não necessariamente se tornam sedentárias por causa da depressão.

A mensagem deles, para os pais, é que não basta limitar o tempo de TV e tablet. É preciso colocar a turma para correr, pular, nadar, jogar bola etc.

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