Jairo Bouer Publicado em 11/09/2020, às 17h42
É natural que as pessoas tenham dúvidas e receios sobre o que dizer e como agir diante de alguém próximo que expressa a intenção de tirar a própria vida. O mais importante é se mostrar disponível para ouvir, seja qual for a hora. Algumas dicas do Ministério da Saúde podem ser úteis nessa situação:
– Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com a pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.
– Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público (clique aqui para saber onde buscar ajuda). Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento.
– Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa
– Se a pessoa com quem você está preocupado(a) vive com você, assegure-se de que ele(a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa.
– Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.
O que não fazer:
– Não julgue ou condene (dizendo, por exemplo, que é covardia ou fraqueza querer se matar)
– Não banalize (usando frases como “eu já passei por coisa muito pior”)
– Não opine (dizendo, por exemplo, “isso é falta de Deus”, ou “você está exagerando”)
– Não dê sermão (por ex: “você devia agradecer pelo que tem de bom”, “tem gente sofrendo mais que você”etc)
– Cuidado com as frases de incentivo (“levanta a cabeça”, “pense positivo” etc)
Tudo isso só vai fazer com que a pessoa se sinta mais culpada ou mais impotente ainda.