Cada vez mais o consumidor brasileiro deve estar atento na composição dos alimentos industrializados que consome, no momento da compra. Uma estratégia da indústria para driblar os impactos da economia no custo dos alimentos é mudar a composição e oferecer produtos similares, com menor custo. Porém, apesar das informações nas embalagens, como os produtos são muito parecidos visualmente com os originais, pode haver confusão em boa parte dos consumidores, que pagam um pouco menos por um alimento de muito menor qualidade.
Por esse motivo, cada vez mais, é imprescindível verificar ao máximo as informações contidas nos rótulos dos alimentos industrializados.
A lista de alimentos que parecem ser o que não são só aumenta. Entre os principais alimentos com composições diferentes das expectativas e que podem confundir os consumidores estão os produtos lácteos, entre os quais podemos citar: bebida láctea que parece leite, composto lácteo que parece leite em pó, creme culinário que parece creme de leite, mistura láctea condensada que parece leite condensado, mistura de requeijão e amido que parece requeijão cremoso, bebida láctea fermentada que parece iogurte integral, queijo fresco com soro de leite que parece queijo minas padrão.
Mas os laticínios não são os únicos, pois as prateleiras dos supermercados estão cheias de outros produtos alimentícios, sempre industrializados, que não são compostos daquilo que parecem à primeira vista, como:
É importante ressaltar e entender que esses produtos não são impróprios para o consumo, mas não são aquilo que à primeira vista parecem ser, pois não têm a composição, nem a qualidade dos alimentos originais.
Deste modo, não deveriam substituir as versões originais, apenas em situações especiais e por motivações econômicas. Lembrando que os alimentos industrializados, particularmente aqueles que trazem uma extensa lista de ingredientes, chamados ultraprocessados, não devem compor a base do hábito alimentar das pessoas.
Este fato, tão atual, é mais um motivo para as pessoas estarem muito atentas na composição dos alimentos que consome e, cada vez mais, verificar as informações contidas nos rótulos e embalagens dos produtos alimentícios, além de ter a consciência que um hábito alimentar variado, equilibrado e o mais natural possível, o que é sempre a melhor opção.
Dra. Marcella Garcez
Médica Nutróloga, mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da associação. A médica também é membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade Brasileira para o Estudo do Envelhecimento. Instagram: @dra.marcellagarcez
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