Da Redação Publicado em 09/11/2020, às 16h07
Atividade física é remédio com efeito comprovado contra a ansiedade. Diversos estudos já mostraram que caminhar, correr, andar de bike e outras atividades aeróbicas ajudam a aplacar a tensão e o medo. Porém, pesquisadores têm mostrado que exercícios de resistência, como musculação, pilates ou treino funcional, também funcionam.
Um deles, publicado no mês passado no periódico Nature Scientific Reports, mostra que o treino regular com pesos é capaz de reduzir a ansiedade de forma significativa, algo de extrema importância em tempos como o que estamos vivendo.
O trabalho foi feito por pesquisadores da Universidade de Limerick, na Irlanda, com 28 homens e mulheres saudáveis. Metade do grupo não fez nada e serviu como controle, enquanto a outra seguiu um treino de resistência duas vezes por semana, sendo que poucos tinham experiência prévia com esse tipo de exercício.
Todos preencheram questionários regularmente para ter sua saúde mental aferida. Após oito semanas de acompanhamento, o grupo inativo manteve os mesmos níveis de ansiedade apresentados no começo do estudo. Já o grupo que seguiu o treino teve uma melhora de 20% em relação ao controle.
O resultado foi melhor que o esperado pelos pesquisadores. E, embora o estudo tenha um número pequeno de participantes, ele reforça as conclusões de uma revisão da literatura, publicada em 2018, que demonstrou o poder dos exercícios com peso para afastar o risco de depressão, outro transtorno mental bastante comum.
Embora atividades ao ar livre sejam consideradas seguras, em relação à Covid-19, nem todo mundo tem acesso fácil a parques ou ruas pouco movimentadas para se exercitar. E também não é qualquer pessoa que pode adquirir uma esteira ou bicicleta ergométrica.
A boa notícia, segundo o estudo atual, é que fazer ginástica em casa, com o peso do próprio corpo, halteres ou mesmo pacotes de comida, também pode influenciar o humor de maneira positiva.
Vale lembrar que o Brasil é o país com maior número de ansiosos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e a pandemia pode ter agravado ainda mais a situação.
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