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Exercícios protegem os neurônios e mantêm a cognição saudável

A sinapse tem como função enviar sinais através da transmissão sináptica para ocorrer alguma ação - iStock
A sinapse tem como função enviar sinais através da transmissão sináptica para ocorrer alguma ação - iStock

Redação Publicado em 10/01/2022, às 15h30

Um novo estudo realizado pela Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA), revelou que, quando os idosos permanecem ativos, seus cérebros apresentam mais proteínas capazes de aumentar as conexões entre os neurônios e manter a cognição saudável.

Os resultados mostraram ainda que esse impacto protetor foi encontrado mesmo em pessoas cujos cérebros na autópsia estavam cheios de proteínas tóxicas associadas à doença de Alzheimer e a outras condições neurodegenerativas.

De acordo com os pesquisadores, o estudo – publicado no Alzheimer's & Demência: The Journal of the Alzheimer's Association – sugere que a regulação da proteína sináptica está relacionada à atividade física, podendo impulsionar o funcionamento sináptico e, consequentemente, ter resultados cognitivos benéficos. 

Mais proteínas significam melhores sinais nervosos

Para a pesquisa, a equipe acompanhou a atividade física de participantes idosos que concordaram em doar seus cérebros quando morressem. Para os autores, manter a integridade das conexões entre os neurônios pode ser vital para afastar a demência, já que é na sinapse que a cognição realmente acontece. 

Os dados descobriram que os idosos que permaneceram ativos apresentaram níveis mais altos de proteínas que facilitam a troca de informações entre os neurônios. 

Este resultado se encaixa em descobertas anteriores que afirmavam que pessoas que tinham mais dessas proteínas no cérebro ao morrer tinham chances maiores de manter a cognição saudável até o final da vida.

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Além disso, para a surpresa dos pesquisadores, os efeitos variam para além do hipocampo, a sede da memória do cérebro,abrangendo outras regiões associadas à função cognitiva.

Em outras palavras, parece que a atividade física é capaz de exercer um efeito global de sustentação, apoiando e estimulando a função saudável das proteínas que facilitam a transmissão sináptica em todo o cérebro, não apenas em uma área. 

Como a sinapse influencia no Alzheimer? 

Os cérebros da maioria dos idosos acumulam proteínas amiloides e tau, que são as marcas da doença de Alzheimer. Muitos cientistas acreditam que a amiloide se acumula primeiro, depois a tau, fazendo com que sinapses e neurônios comecem a se degenerar.

Os pesquisadores contam que descobertas anteriores já mostraram que a integridade sináptica parece amortecer a relação entre essas duas proteínas (amiloides e tau), bem como a ligação entre a tau e a neurodegeneração.

Segundo os autores, em idosos com níveis mais elevados de proteínas associadas à integridade sináptica, essa cascata de neurotoxicidade que leva à doença de Alzheimer parece ser amenizada, mostrando a potencial importância de manter a saúde das sinapses para apoiar o cérebro contra essa condição. 

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