Pesquisa sugere que mesmo uma exposição mínima pode afetar o coração e aumentar a resistência à insulina
Redação Publicado em 23/03/2022, às 17h00
Feche as cortinas e desligue todas as luzes antes de dormir. Essa é a orientação de um novo estudo da Universidade Northwestern (Estados Unidos) que descobriu que a exposição a uma iluminação ambiente moderada durante o sono noturno prejudica a função cardiovascular e aumenta a resistência à insulina na manhã seguinte.
Os achados mostram que apenas uma única noite de exposição à iluminação moderada pode afetar negativamente a regulação da glicose e cardiovascular, fatores de risco para doenças cardíacas, diabetes e síndrome metabólica.
Já há evidências de que a exposição à luz durante o dia aumenta a frequência cardíaca através da ativação do sistema nervoso simpático, que eleva a velocidade dos batimentos do coração e aumenta o estado de alerta. Segundo os pesquisadores, um efeito semelhante acontece quando a exposição à luz ocorre durante o sono noturno.
A exposição à luz artificial à noite é comum, seja a partir de dispositivos emissores de luz interior ou de fontes fora de casa, particularmente em grandes áreas urbanas. Uma proporção significativa de indivíduos (até 40%) dorme com uma lâmpada de cabeceira acesa e/ou mantém a televisão ligada.
O estudo testou o efeito de dormir com 100 lux (luz moderada) em comparação com 3 lux (luz fraca) nos participantes durante uma única noite. A equipe descobriu que a exposição moderada à luz fez com que o corpo entrasse em estado de alerta maior. Neste caso, a frequência cardíaca aumenta, bem como a força com que o coração se contrai e a taxa de quão rápido o sangue é conduzido aos seus vasos sanguíneos..
Em outras palavras, a frequência cardíaca aumenta durante o sono em uma sala moderadamente iluminada. Mesmo que a pessoa esteja dormindo, seu sistema nervoso autônomo é ativado.
Assim, o corpo tende a não descansar corretamente já que, normalmente, a frequência cardíaca, juntamente com outros parâmetros cardiovasculares, é menor à noite e mais alta durante o dia.
Confira:
As descobertas mostraram ainda que a resistência à insulina ocorreu na manhã seguinte para as pessoas que dormiram em um quarto moderadamente iluminado.
Essa condição é caracterizada quando as células dos músculos, gordura e fígado não respondem bem à insulina e não podem usar a glicose do sangue para conseguir energia. Como forma de compensar, o pâncreas produz essa substância e, com o tempo, os níveis de açúcar no sangue sobem.
Para garantir a qualidade do sono, bem como a saúde cardiovascular e endócrina, os pesquisadores divulgaram três dicas simples que podem ajudar:
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