Redação Publicado em 14/09/2022, às 12h00
Uma vez considerada um deleite indulgente de cinema, a pipoca agora é vista como uma opção de lanche boa para você. Mas ela é realmente saudável? A resposta é... depende. Depende do óleo usado para estourá-la, de quaisquer temperos adicionados e, possivelmente, dos próprios grãos de milho.
O milho (mesmo em sua forma estourada) é um grão integral, e grãos integrais são uma importante fonte de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes que combatem doenças. Os grãos integrais também dão saciedade porque incluem o grão inteiro – ao contrário dos grãos refinados, que foram despojados de suas fibras e nutrientes.
Pesquisas sugerem que a ingestão de grãos integrais está ligada a uma vida mais longa, menos inflamação e menor risco de doenças cardíacas, derrame, câncer, diabetes e obesidade. Três porções diárias de grãos integrais foram associadas a um IMC (índice de massa corpórea) mais baixo e menos gordura da barriga.
Mas uma coisa a se pensar é se sua pipoca veio de uma cultura geneticamente modificada. Alguns cientistas e profissionais de saúde estão preocupados com os riscos potenciais de consumir alimentos transgênicos, que não são bem estudados. Se você preferir evitar os OGMs (Organismos Geneticamente Modificados), procure por grãos ou pipoca com certificação orgânica.
Ao escolher uma marca de pipoca embalada, verifique o óleo listado nos ingredientes. Os melhores são gorduras monoinsaturadas anti-inflamatórias e saudáveis para o coração, especificamente óleo de abacate e azeite extravirgem. Óleos que são mais ricos em ácidos graxos ômega-6 – como de milho, de soja, de girassol, de cártamo e de semente de algodão – tendem a ser pró-inflamatórios.
Uma das vantagens de fazer sua própria pipoca no fogão é que você pode usar um óleo com alto teor de gorduras monoinsaturadas anti-inflamatórias e saudáveis para o coração ou estourar - com um popper de ar quente ou em um saco de papel no micro-ondas - e depois misturá-la com óleo. Você também pode encontrar pipoca de micro-ondas que não contém óleo, como a pipoca orgânica.
Finalmente, considere os aditivos em seu lanche. Na pipoca embalada, os temperos podem ser simples como sal marinho e pimenta-do-reino. Ou podem incluir ingredientes lácteos convencionais, como manteiga e queijo, vindos de animais que não foram alimentados com capim ou não são orgânicos. Algumas pipocas são temperadas com açúcar ou outros adoçantes.
Se você está fazendo sua pipoca, pode ser criativo com coberturas saudáveis, como frutas secas, nozes ou sementes sem conservantes, tempero italiano ou chipotle (pimenta seca), açafrão e pimenta preta, ou canela e cacau em pó. Uma versão caseira também permite controlar a quantidade de sal que você adiciona.
A pipoca pode ser um lanche saudável, pois é rica em fibras e polifenóis, que são antioxidantes e agem inibindo a ação dos radicais livres no organismo, mas a qualidade nutricional varia consideravelmente. Prefira as orgânicas ou não transgênicas feitas com azeite extravirgem ou óleo vegetal e temperadas com sal marinho ou sal rosa do Himalaia.
A pipoca é uma opção saudável para o lanche da noite e pode melhorar o seu sono por estimular a produção da serotonina. Algumas pessoas que têm refluxo ficam na dúvida se podem consumir pipoca, e a boa notícia é que sim, podem! Mas atenção, o consumo está liberado desde que o preparo seja saudável.
Se você preferir variedades mais complacentes de pipoca, faça guloseimas ocasionais em vez de uma versão básica. E fique atento à quantia. A porção ideal normalmente é de três a três xícaras e meia, mas é fácil comer um saco delas de uma só vez. E isso pode ser o equivalente, em carboidratos, a consumir cinco fatias de pão. Além disso, o sódio extra pode causar retenção de líquidos, o que desencadeia o inchaço.
Atenção: a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que a pipoca seja oferecida às crianças após os quatro anos de idade, pelo risco potencial de engasgo.
Fonte: Health
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