A pressa para emagrecer pode fazer uma pessoa escolher uma dieta que não funciona tão bem para seu corpo
Redação Publicado em 15/06/2022, às 18h00
Às vezes, perder peso requer experimentação. Se você começa uma determinada dieta e ela não traz resultados a longo prazo, talvez não seja a certa para você e para o seu metabolismo.
A verdade é que a genética e o ambiente ao seu redor influenciam como, por que, o que e quanto você come. Por isso uma dieta pode funcionar para uma pessoa e não para você.
Nesse cenário, a Harvard Health Publishing publicou um artigo analisando as características, os pontos positivos e os negativos de três dietas bastante populares: baixo teor de gordura (low fat), baixo carboidrato (low carb) e mediterrânea.
A dieta “low fat” é baseada na baixa ingestão de gordura, com esse nutriente representando menos de 30% do total de calorias diárias. Uma vez que a gordura contém nove calorias por grama, enquanto os carboidratos contêm quatro, a pessoa poderia comer mais sem aumentar o seu consumo calórico, comendo especialmente frutas e vegetais.
Entretanto, se, em vez de consumir gordura, a pessoa ingere carboidratos altamente processados e rapidamente digeridos, é provável que o plano de perda de peso seja prejudicado.
Nesta dieta a indicação é evitar consumir alimentos com alto teor de gordura, como abacate, nozes, laticínios gordurosos e óleos. Em substituição, a pessoa deve escolher alimentos que naturalmente têm menos gordura, como frutas, legumes, grãos integrais, claras de ovos, legumes e frango.
Comer carboidratos, especialmente os altamente processados, como pão branco e arroz branco, eleva com rapidez o açúcar no sangue, desencadeando um aumento da produção de insulina e, consequentemente, causando fome.
A dieta “low carb” é baseada no baixo consumo de carboidratos, aumentando o consumo de proteínas e de gorduras. Para compensar a falta de carboidratos, o corpo mobiliza seus próprios estoques do nutriente a partir do fígado e do tecido muscular. Nesse processo, o corpo também acumula menos água, o que significa que os quilos perdidos podem ser do “peso” da água.
Confira:
O resultado é o emagrecimento rápido, mas, depois de alguns meses, essa perda tende a diminuir. Além disso, a falta de frutas e vegetais também pode ser um problema, pois comer esses alimentos tende a diminuir o risco de derrame, de demência e de certos tipos de câncer.
No entanto, se a pessoa consumir grande parte dos carboidratos de vegetais e se concentrar em comer, principalmente, gorduras mais saudáveis, esse tipo de dieta pode funcionar.
As gorduras são macronutrientes fundamentais para a saúde, principalmente quando falamos das insaturadas (poli-insaturadas e monoinsaturadas), encontradas em alimentos como nozes, peixes, abacate, sementes e óleos vegetais.
A dieta mediterrânea tende a ter uma quantidade moderada de gordura e a maioria vem de gorduras saudáveis. Os carboidratos, por sua vez, têm origem em fontes não refinadas e ricas em fibras, como alimentos integrais, feijão, frutas e legumes; as quantidades de carne e queijo são moderadas.
Alguns estudos mostram que as pessoas que vivem em países do Mediterrâneo têm uma taxa menor do que o esperado de doenças cardíacas. Mas o estilo de vida tradicional na região também inclui muita atividade física, padrões regulares de refeição, vinho e boa interação social. É difícil saber qual o papel relativo desses diferentes fatores, mas há evidências de que, por si só, a dieta pode reduzir o risco cardiovascular e o desenvolvimento do diabetes.
Uma boa dieta deve fornecer muitas opções, ter relativamente poucas restrições e não precisar de alimentos especiais. A alimentação deve ser tão boa para o coração, ossos e cérebro quanto é para a “cintura”.
Além disso, ela deve ser algo que a pessoa possa sustentar por um longo período. De qualquer forma, o ideal é sempre consultar um profissional da nutrição para saber qual a melhor dieta a seguir, dependendo das suas necessidades, estilo de vida e objetivos.
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