Pesquisa sugere que abandonar uma alimentação típica ocidental pode fazer as pessoas viverem mais
Redação Publicado em 09/02/2022, às 16h30
Um jovem adulto poderia adicionar mais de uma década à sua expectativa de vida mudando a alimentação da dieta ocidental típica para uma que inclui mais leguminosas, grãos integrais e nozes, bem como menos carne vermelha e processada.
Essas são as descobertas de um novo estudo publicado na revista PLOS Medicine. Segundo os pesquisadores, para as pessoas mais velhas, os ganhos relacionados ao aumento da expectativa de vida através das mudanças alimentares seriam menores, mas ainda substanciais.
Vale lembrar que o padrão de dieta ocidental, também conhecida como "dieta carne-doce", é um hábito frequente dos habitantes de países desenvolvidos e cada vez mais presente entre a população daqueles em desenvolvimento. Esse tipo de alimentação é composta por alimentos ricos em gordura e açúcar.
Estima-se que os alimentos sejam fundamentais para ditar a saúde de uma pessoa. Os fatores de risco dietéticos levam, aproximadamente, a 11 milhões de mortes por ano. Para o estudo, os pesquisadores usaram meta-análises e dados existentes da pesquisa “Global Burden of Diseases” para construir um modelo que permite a estimativa instantânea do efeito na expectativa de vida de uma série de mudanças na dieta.
Confira:
Para jovens adultos dos Estados Unidos – onde foi realizada a pesquisa – o modelo estima que uma mudança de uma dieta ocidental típica para uma ideal a partir dos 20 anos aumentaria a expectativa de vida em mais de uma década para mulheres (10,7 anos) e homens (13 anos).
De acordo com os dados, os maiores ganhos em anos de expectativa de vida seriam feitos por comer mais leguminosas (2,2 anos para mulheres e 2,5 para homens), mais grãos integrais (2 e 2,3 anos) e menos carne vermelha e processada (1,6 e 1,9 anos).
Quando a análise foi feita entre pessoas da terceira idade, a mudança de dieta aos 60 anos ainda poderia aumentar a expectativa de vida em oito anos para as mulheres e em 8,8 para os homens. Além disso, idosos de 80 anos poderiam ganhar, em média, 3,4 anos a mais de vida com as alterações alimentares.
Para os pesquisadores, compreender o potencial de diferentes grupos de alimentos pode permitir que as pessoas obtenham ganhos de saúde viáveis e significativos, além de entenderem melhor o impacto das suas escolhas alimentares.
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