Redação Publicado em 01/08/2022, às 17h30
Na última quinta-feira (28), Anitta ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais. O motivo? A cantora divulgou o lançamento do “Puzzy by Anitta”, um perfume íntimo que promete deixar as regiões íntimas cheirosas, como a vagina e o pênis.
Segundo os responsáveis, a fórmula do produto tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), bem como passou por testes ginecológicos e dermatológicos. Veja alguns tweets de Anitta sobre seu “Puzzy”:
Chega de tanta gente lucrar e ganhar palco através do meu polemicú. Chegou a MINHA hora. Em breve meu perfume íntimo a venda nesse Brasil todooooooo. A pepeka de milhões, o piu piu de milhões, as bola de milhões, o polemicú de milhões. Cheiroso pro resto da vida.
— Anitta (@Anitta) July 28, 2022
Agora vocês vão poder sentir de perto pq que todo mundo corre atrás da minha larissinha.
— Anitta (@Anitta) July 28, 2022
A maioria dos profissionais de saúde desaconselha o uso de desodorantes ou perfumes íntimos por alguns motivos. Segundo os ginecologistas Etiene Galvão e Carlos Moraes, utilizar esse tipo de produto pode causar reação alérgica.
Isso porque a vagina é extremamente sensível e alguns produtos podem alterar a microbiota e o pH da região, deixando-a mais suscetível a corrimentos e a alergias.
Além disso, querer deixar a área perfumada pode significar que a mulher está incomodada com o odor vaginal e esse “mau cheiro”, por sua vez, pode indicar a presença de alguma infecção. Portanto, usar o desodorante íntimo seria uma forma de mascarar os sintomas e de evitar ou retardar o diagnóstico de alguma questão importante.
Para os especialistas, o ideal é evitar aplicar esse tipo de produto nas regiões internas da vagina, onde a pele é mais sensível. Se quiser utilizar o perfume, a recomendação é usar sempre na parte externa, como na virilha.
Confira:
É difícil determinar o cheiro de uma vagina saudável porque cada mulher tem um cheiro diferente. Mas algumas usam palavras como terroso, maduro, pungente ou ligeiramente azedo para descrever seu odor vaginal normal.
A chave é saber qual é o seu cheiro “normal”. Todas que possuem uma vagina geralmente têm aquela sensação estranha quando um cheiro novo e estranho surge. A vagina é especialmente sensível a diferentes mudanças no ambiente diário, então qualquer coisa que afete esse delicado equilíbrio afetará o cheiro, bem como o tipo de secreção e sua consistência.
Uma infecção vaginal geralmente inclui coceira, queimação, vermelhidão e inchaço vulvar, bem como uma mudança de odor – especialmente se for um cheiro forte de peixe, que pode indicar vaginose bacteriana ou tricomoníase de Infecção Sexualmente Transmitida (IST). Se você acha que pode ter uma infecção vaginal, é importante consultar seu médico para fazer exames e começar o tratamento adequado.
Mudar a dieta também pode fazer com que o cheiro da vagina seja diferente. Certos alimentos perturbam o delicado equilíbrio do pH da vagina, o que pode causar um odor desagradável. De acordo com especialistas, os piores “criminosos” são: alho, cebola, hortelã, açafrão, queijo azul, repolho, couve-flor, aspargos, carne vermelha e vinagre. Fumar, beber álcool e não beber água suficiente também podem mudar as coisas "lá embaixo".
Os hábitos de higiene também afetam o cheiro vaginal. Lembre-se de que sua vagina é como qualquer outra parte do corpo – precisa ser mantida limpa. A vagina tem glândulas sudoríparas e folículos pilosos que podem atrair bactérias e contribuir para um forte odor, lembra a médica. Além disso, a localização da vagina perto do ânus torna crucial que você mantenha a área limpa para evitar o acúmulo de bactérias que levam a odores desagradáveis.
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