Jairo Bouer Publicado em 18/01/2021, às 12h43
Não foi à toa que a redação do Enem desse último final de semana focou na importância da gente manter nossa saúde mental e no estigma que cerca a questão das doenças psiquiátricas, fazendo ainda uma ponte direta com impacto do uso das redes sociais em nossa vida emocional.
A saúde mental, em especial a dos mais jovens, está sendo posta em xeque diariamente durante a pandemia do novo coronavírus. O medo de se infectar ou infectar parentes, a sensação de insegurança, o isolamento social, o distanciamento dos amigos, o afastamento da sala de aula, a mudança da rotina, tudo isso deixou os jovens muito mais ansiosos, tristes e desanimados.
Crianças e adolescentes fazem parte do segmento da população que mais sofreu com os impactos emocionais da pandemia durante o ano de 2020, e devem continuar a enfrentar dificuldades também nesse ano.
Aliás, bom lembrar que a saúde mental já era uma questão muito importante no Brasil antes da pandemia, prova disso é que somos considerados um dos países com maiores índices de ansiedade e depressão do mundo.
Ansiedade e depressão pioram a qualidade de vida e aumentam o risco de comportamentos auto-agressivos, como mutilações e suicídio, dois fenômenos que tem crescido de forma importante entre os adolescentes. O uso frequente das redes sociais parece ter ligação direta com esse impacto.
Falar sobre esse tema e entender que o sofrimento psíquico faz parte da vida de todos nós pode ajudar a quebrar preconceitos e estigmas e “encurtar” a distância para que as pessoas busquem ajuda quando necessário.
Esse é o tema da live que faço hoje com o professor de redação Guga Valente às 18:30 h, no YouTube do portal Brasil Escola.