André Trombini* Publicado em 13/07/2022, às 10h00
A pesquisa realizada pelo Centro de Tecnologia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas revelou que o Brasil está entre as nações mais digitalizadas do mundo. Atualmente, são 447 milhões de dispositivos digitais em uso. Desse total, estão em funcionamento 242 milhões de celulares inteligentes. Em 2021, durante a pandemia, a venda de smartphones conquistou um crescimento de 27%. Este ano a expectativa é que o segmento cresça 10%.
Reforçando os dados da conectividade, o estudo realizado em 150 países pela provedora de serviços e especialista em cibersegurança NordVPN apontou que o Brasil é o primeiro do ranking, como o país que mais usa a internet no mundo, seguido pela Coreia e Taiwan. Passamos 41 anos da vida conectados ao mundo virtual, ou seja, mais da metade da expectativa de vida média da população, que é de 75 anos.
No total são 91 horas de uso da internet por semana; 19 horas trabalhando e as 72 horas restantes se dividem em atividades online; 13 horas assistindo a filmes e séries em streaming; 12 horas e oito minutos acompanhando vídeos no YouTube e 11 horas e 19 minutos são gastos nas mídias sociais: Facebook, WhatsApp e Instagram.
E quanto tempo dessa conectividade dedicamos para cuidar da saúde?
Os wearables conhecidos como dispositivos inteligentes estão disponíveis em smartphones, relógios (smartwatches) e em pulseiras (smartbands). A categoria está presente na lista das tendências fitness elaborada pelo American College Sports Medicine desde 2017. Os aplicativos têm a função de deixar a rotina mais fácil e prática. O papel mais importante e relevante é cuidar da saúde em tempo real acompanhando: os batimentos cardíacos e a pressão arterial. Esses acessórios se tornaram uma ferramenta de extrema utilidade, já que podem ajudar a entender e a monitorar o desempenho.
Esse monitoramento pode alertar sobre batimentos cardíacos irregulares, quedas graves, qualidade do sono, nível de oxigenação no sangue e alteração da pressão arterial. Entre as funções dos gadgets estão disponíveis: contador de passos, gasto calórico e avisos para beber água (parece bobagem, mas muitas pessoas adiam o momento de se hidratar). Essa coleta de dados pode auxiliar o médico a avaliar como estão as funções do organismo, quais os cuidados necessários para melhorar os sintomas, evitar complicações e, assim, conquistar uma vida saudável e aumentando a longevidade.
Em 2019, a detecção automática de quedas salvou a vida de um norte-americano: ele conseguiu ser resgatado após cair de um penhasco. Com a ajuda do relógio, um brasileiro conseguiu descobrir uma doença rara no coração; o medidor de batimentos cardíacos identificou uma taquicardia e rapidamente ele procurou auxílio médico.
A tecnologia pode e deve ser utilizada para cuidar da saúde. É essencial dedicar pelo menos 30 minutos diários para a realização de alguma atividade física. Com todos os detalhes fornecidos pelos wearables é possível mensurar a evolução, ajustar o treino e pensar no próximo passo.
Vale lembrar que não existe idade para começar, o importante é seguir, ter foco, disciplina, comemorar os resultados, ter sempre o auxílio de um profissional de educação física e nunca desistir dos seus objetivos.
*André Trombini é profissional de educação física com especialização em Fisiologia e Metabolismo na Atividade Física e Nutrição pela Universidade de São Paulo (USP), e atua na Bodytech. Em sua temporada morando em Toronto, no Canadá fez pós-graduação em Fitness Theory, Nutrition and Lifestyle Behaviour, Fitness Leader, Personal Trainer: Exercise Prescription, entre outros, pela Fitness Leadership, renomada empresa dedicada ao avanço, credenciamento e liderança de exercícios. Na Matrix Fitness é responsável por cursos de atualização e treinamento em novos equipamentos.