Terapia online pode ajudar quem sofre de insônia

Nesta pandemia, a telemedicina foi colocada à prova e muitos estudos têm sido feitos para saber se terapias à distância têm efeito comparável ao dos tratamentos presenciais. Um deles, apresentado em evento da Academia Americana de Medicina do Sono, mostra que a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) para tratar insônia pode ser feita virtualmente com resultados similares ao do atendimento face a face.

Cerca de 30 a 40% dos brasileiros sofrem ou vão sofrer de insônia ao longo da vida, segundo a Associação Brasileira do Sono. O problema é caracterizado pela dificuldade em pegar no sono ou se manter dormindo, e pode se tornar crônico, especialmente com o passar da idade. Embora o tratamento medicamentoso seja indicado para casos mais graves e persistentes, hoje sabe-se que a terapia tem papel fundamental para se librar do problema, e pode até substituir os remédios em alguns casos.

A pesquisa atual, realizada por psiquiatras da Universidade do Michigan, nos EUA, acompanhou 65 pacientes com insônia crônica, selecionados aleatoriamente. Uma parte participou de seis sessões de TCC presencialmente, enquanto a outra fez as mesmas sessões por videoconferência. Cada atendimentou durou de 45 a 60 minutos e abordou tópicos como higiene do sono e certas crenças ou pensamentos disfuncionais que atrapalham o relaxamento na hora de dormir.

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Todos responderam a questionários para aferir a insônia e o cansaço durante o dia logo após o tratamento, além de três meses depois. Os resultados do tratamento foram similares para ambos os grupos, bem como a satisfação dos pacientes em relação ao trabalho do profissional de saúde.

As conclusões precisam ser confirmadas em outros estudos, com maior número de participantes, mas os autores acreditam que a telemedicina pode ser uma ferramenta que veio para ficar. Além de acessível em situações como uma pandemia, a tecnologia pode ajudar pacientes com problemas de mobilidade e diminuir o custo da terapia.

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