Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h18 - Atualizado às 23h57
Você fica completamente desorientado quando o despertador toca de manhã? Pois esse estado de embriaguez ao acordar é mais comum do que se imaginava. Segundo um novo estudo, o problema afeta uma em cada sete pessoas.
A confusão mental, que em geral ocorre depois de um despertar forçado, pode durar meia hora ou mais. Tem gente que atende o telefone em vez de desligar o alarme, por exemplo. E há casos de indivíduos que chegam a ter comportamentos violentos nesse período, esquecendo o que aconteceu logo depois.
O trabalho, feito por pesquisadores da faculdade de medicina de Stanford em Palo Alto, na Califórnia, e publicado na revista Neurology, detectou uma incidência de 15% no transtorno, chamado oficialmente de “despertar confusional”. A proporção é quatro vezes maior do que indicavam as estimativas anteriores.
Para chegar à conclusão, foram entrevistadas 19.136 pessoas com 18 anos ou mais. Elas foram questionadas sobre seus hábitos de sono, sobre uso de medicamentos e eventuais transtornos mentais.
Em 84% dos casos, quem sofria com o problema também apresentava outro transtorno de sono, algum transtorno psiquiátrico ou usava certos remédios, como antidepressivos. E a frequência aumentava quando a pessoa tinha dormido demais ou de menos.
Segundo os autores, o despertar confusional tem recebido bem menos atenção do que deveria, embora as consequências possam ser tão graves quanto as do sonambulismo.