A atividade pode proporcionar melhoras em diversos aspectos da vida, inclusive na alimentação
Redação Publicado em 12/11/2021, às 16h43
A ioga, ou o yoga (como preferem os adeptos), é uma prática que existe há milhares de anos, mas vem se tornando cada vez mais popular. Para muitas pessoas, é como um “suspiro” em meio a rotinas caóticas e corridas.
Existem muitos tipos de yoga. Hatha (uma combinação de muitos estilos) é um dos mais populares e une os pranayamas (exercícios controlados pela respiração), as séries de asanas (posturas de yoga) e a savasana (período de descanso).
O objetivo durante a prática é desafiar-se fisicamente, mas não se sobrecarregar, respeitando o próprio limite. O foco fica na respiração enquanto a mente tenta se manter concentrada no tempo presente.
Independente de onde é praticado, seja em um parque ou em um apartamento, o yoga proporciona muitos benefícios mentais e físicos. Alguns, inclusive, podem se estender até a mesa da cozinha.
O yoga desenvolve a consciência interior. Ele concentra sua atenção nas habilidades do corpo, bem como ajuda a desenvolver a respiração e a força da mente e do corpo. Não se trata de aparência física.
Os estúdios de yoga normalmente não têm espelhos para que as pessoas possam concentrar sua consciência em si em vez de na pose ou nas pessoas ao seu redor.
Pesquisas descobriram que pessoas que praticavam yoga eram mais conscientes de seus corpos do que as que não tinham esse hábito. Além disso, também estavam mais satisfeitas e menos críticas com a aparência física. Por essas razões, o yoga tornou-se parte integrante no tratamento de transtornos alimentares e de programas que promovem a imagem corporal positiva e a autoestima.
O termo “Mindfulness” refere-se a focar nossa atenção no que estamos vivenciando no momento presente sem julgamentos. Assim, a prática do yoga tem sido mostrada como uma ferramenta para aumento da atenção plena não apenas na sala de aula, mas em outras áreas da vida.
Pesquisadores descrevem o mindful eating – atenção plena ao comer – como uma consciência não julgadora das sensações físicas e emocionais associadas à alimentação. Em uma dos estudos, foi desenvolvido um questionário para medir esse aspecto usando os seguintes comportamentos:
As descobertas revelaram que as pessoas que praticavam yoga eram mais conscientes de acordo com suas pontuações. Os anos de prática e o número de minutos por semana foram associados a melhores escores de mindful eating.
Fazer yoga pode ajudar, portanto, a estar mais consciente de como o corpo se sente. Essa consciência aumentada pode estar presente até na hora da refeição à medida que saboreamos cada mordida ou gole de bebida, notando fatores como cheiro, sabor e textura.
Confira:
As pessoas que praticam yoga estão mais em sintonia com seus corpos, podendo ser mais sensíveis a sinais de fome e sentimentos de satisfação.
Estudiosos descobriram que aqueles que faziam yoga por pelo menos 30 minutos uma vez por semana durante quatro anos (no mínimo) ganharam menos peso ao longo da meia-idade. Além disso, quem estava acima do peso, emagreceu.
No geral, os praticantes de yoga também apresentaram índices de massa corporal (IMC) mais baixos. Para os pesquisadores, isso se deve à atenção plena, já que o mindful eating pode proporcionar uma relação mais positiva com a alimentação.
O yoga é conhecido por sua capacidade de acalmar a tensão e a ansiedade, mas também pode ter um impacto no condicionamento físico.
Pesquisadores estudaram um pequeno grupo de pessoas sedentárias que não haviam praticado yoga antes. Após oito semanas fazendo a atividade por, pelo menos, duas vezes por semana durante um total de 180 minutos, os participantes tiveram maior força muscular, resistência, flexibilidade e condicionamento cardiorrespiratório.
Vários pequenos estudos descobriram que o yoga tem um efeito positivo sobre os fatores de risco cardiovasculares, como diminuir a pressão arterial em pessoas com hipertensão.
Além disso, outra pesquisa descobriu que essa prática melhorou perfis lipídicos em pacientes saudáveis, bem como em pessoas com doença arterial coronariana. Também reduziu os níveis excessivos de açúcar no sangue em diabéticos não dependentes de insulina e diminuiu a necessidade de medicamentos.
Fonte: Harvard Health Publishing
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