Pessoas com transtornos alimentares, como bulimia, compulsão alimentar ou anorexia, são 12 vezes mais propensas a se preocupar com pequenos “defeitos” na
Da Redação Publicado em 14/10/2020, às 13h19 - Atualizado às 13h23
Pessoas com transtornos alimentares, como bulimia, compulsão alimentar ou anorexia, são 12 vezes mais propensas a se preocupar com pequenos “defeitos” na aparência física do que pessoas sem esses transtornos, de acordo com um estudo britânico.
A obsessão por falhas percebidas no corpo, como aquele “pneuzinho” ou aquela falta de definição muscular que ninguém mais percebe, só a própria pessoa, é chamada de dismorfia corporal, ou transtorno dismórfico corporal. É como se a pessoa tivesse uma autoimagem distorcida, e passasse a se preocupar o tempo todo em mudar esse detalhe que incomoda.
O estudo, que avaliou 1.600 frequentadores de academias de ginástica, recrutados aleatoriamente nas mídias sociais, ajuda a dar uma dimensão de como os dois tipos de transtornos estão conectados.
Quem é obcecado por esses “defeitos” no corpo pode apelar para estratégias que não são saudáveis, como seguir dietas radicais ou fazer jejuns, algo que pode levar à anorexia nervosa. Essas pessoas também podem buscar comportamentos compensatórios quando exageram na comida, como provocar vômitos, tomar laxantes ou exagerar na malhação, atitudes típicas de quem sofre de bulimia.
Os pesquisadores da Universidade Anglia Ruskin, na Grã Bretanha, descobriram que 30% dos frequentadores de academia entrevistados apresentavam sintomas de transtornos alimentares. E eles notaram que 76% desses indivíduos também sofriam do transtorno dismórfico corporal.
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Os resultados também indicaram que as mulheres são mais propensas à dismorfia corporal. Mas os autores do estudo dizem não ter encontrado uma associação significativa entre a condição e o uso de mídia social, algo que outros trabalhos têm sugerido. Vale acrescentar que é cada vez mais comum encontrar homens com transtorno dismórfico corporal, e eles também arriscam a vida ao usar anabolizantes e fazer dietas radicais.
Os resultados, publicados no periódico científico Eating and Weight Disorders, ressaltam a importância de se prestar mais atenção nessa preocupação excessiva com a imagem corporal. Além de causar ansiedade e afetar a qualidade de vida, o transtorno dismórfico pode ser ainda mais perigoso se estiver associado a transtornos alimentares, que são potencialmente fatais.
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