Por que você deve consumir mais alimentos ricos em polifenóis

Esses fitoquímicos estão na moda por seus inúmeros benefícios à saúde

Redação Publicado em 17/01/2025, às 10h00

Para consumir mais polifenóis invista numa variedade maior de frutas, legumes, verduras e especiarias - iStock

Se você se interessa por saúde e nutrição, já deve ter percebido que o termo “polifenóis” está em alta  há algum tempo. E existem boas razões para isso.

Cada vez mais estudos mostram que o consumo de alimentos ricos nesses compostos vegetais oferece inúmeros benefícios à saúde, ajudando na prevenção de doenças cardíacas, metabólicas e até neurodegenerativas, como o Alzheimer.

Também há pesquisas que sugerem que aumentar o consumo de polifenóis pode retardar os sinais de envelhecimento da pele e reduzir o tamanho da cintura. Quem não quer tudo isso?

Afinal, o que são polifenóis?

Os polifenóis são um grupo de fitoquímicos, substâncias químicas naturais presentes nas plantas, que as protegem de ameaças como insetos e raios ultravioleta. Ao que tudo indica, também ganhamos essa proteção ao consumir os compostos.

Eles são encontrados em altas concentrações em frutas e vegetais de cores intensas ou vibrantes, como os seguintes:

O mesmo vale para sabores fortes: quanto mais picante for o sabor de um azeite de oliva extra-virgem, por exemplo, maior é a provável concentração de polifenóis.

Assim, não só o óleo extraído das azeitonas, mas também café e chocolate amargo, vinho tinto e chá verde são excelentes fontes de polifenóis.

Diferentes compostos e benefícios 

Há diversos tipos de fitoquímicos conhecidos pelos cientistas que você já deve ter ouvido falar, como o resveratrol (presente nas uvas e no vinho tinto), o ácido elágico das nozes e as catequinas do chá.

Alguns alimentos inclusive oferecem vários deles, como é o caso dos tomates, que contêm polifenóis (flavonoides e flavanonas) e carotenoides (licopeno, fitoeno e beta-caroteno).

Estudos demonstram que todos eles têm diferentes efeitos em nossa saúde. Os flavonóis do cacau, por exemplo, estão associados à redução do risco de derrame e ataque cardíaco. As catequinas do chá verde favorecem o metabolismo e a circunferência da cintura, e os polifenóis do hibisco ajudam a reduzir a pressão arterial.

Em outras palavras, frutas, legumes e verduras não oferecem apenas fibras, vitaminas e minerais – existe uma enorme variedade de compostos que têm impacto benéfico à saúde.

Vantagens ainda em estudo

Há evidências de que o consumo de polifenóis pode aumentar o fluxo sanguíneo para o cérebro e reduzir a inflamação no corpo, motivo pelo qual acredita-se que eles tenham o potencial de combater doenças neurodegenerativas.

No entanto, a compreensão de como exatamente esses compostos funcionam ainda não está completa e ainda há muita pesquisa a ser feita.

Os polifenóis podem ser benéficos devido à maneira como interagem e são transformados por nossos micróbios intestinais, que efetivamente os utilizam como alimento. Como o conhecimento sobre essas “bactérias do bem” aumentou nos últimos anos, os polifenóis voltaram à moda, assim como o resveratrol do vinho ganhou destaque nos anos de 1990.

Como consumir mais polifenóis

Para obter todos os benefícios, o conselho mais simples é consumir uma boa variedade de plantas para obter uma ampla gama de fitoquímicos. Isso inclui frutas, vegetais, legumes, grãos integrais, nozes, sementes, ervas e especiarias.

Para se ter uma idéia, 100 g de cravo contêm 16.000 mg de polifenóis, enquanto 100 g de canela oferecem 9.700 mg. Mirtilos silvestres são famosos por seu conteúdo, que é de 650 mg por 100 mg, mas o feijão preto, que é mais acessível, contém 4.800 mg por 100 g.

Fonte: The Guardian

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